CRÔNICAS

O dia em que fiz um café para Allende (Un cafecito para Allende)

Em: 15 de Setembro de 2013 Visualizações: 83548
O dia em que fiz um café para Allende (Un cafecito para Allende)

Y verás cómo quieren en Chile / Al amigo cuando es forastero

(Chito Farro. Letra da música "Si vas para Chile")

Eu estava lá, em janeiro de 1970, lá na avenida Bulnes, em Santiago de Chile, lá no meio da multidão, no comício da Unidad Popular, quando o senador Salvador Allende, do Partido Socialista, foi proclamado o candidato das esquerdas. No palanque, ao fundo, gigantesco painel branco sobre o qual uns trinta artistas plásticos pintaram ali, na hora, coletivamente, um mural colorido. Apenas dois oradores: Pablo Neruda, do Partido Comunista, que em breve discurso renunciou a sua pré-candidatura e em seguida Allende que falou já como candidato. O resto foi festa.

Com alguns brasileiros exilados, entre eles o titiriteiro Euclides Souza, o Dadá, que hoje mora em Curitiba, e o jornalista Tarcisio Lage que virou holandês, eu estava lá, eu e os meus 22 anos. Entoamos com a multidão: Se siente, se siente, Allende presidente! Ouvimos as palavras de ordem: Jota, Jota, Ce Ce: Juventudes Comunistas de Chile! Crianças cantavam em jogral: Pica el ajo, pica el ají, sale Allende, claro que sí! Cantores e grupos musicais alegravam a festa: Isabel e Ángel Parra, Victor Jara, Quilapayún, Intillimani e outros menos conhecidos.

A avenida Bulnes fervilhava como um formigueiro humano, da Alameda até o Parque Almagro, com gente pendurada nos galhos das árvores para ver melhor o palanque. Bandeiras, cartazes, faixas. As pessoas, em pequenas rodas, bailavam cueca e refalosa, rodopiando e girando graciosamente um lenço na mão. Cantavam e festejavam o sonho de construir uma pátria sem injustiça, sem miséria, sem exploração. Os chilenos estavam enamorados da vida. Nutriam esperanças. Transbordavam alegria. Santiago era uma festa. Os exilados brasileiros estávamos ébrios de civismo (e do bom vinho chileno).

El cafecito

A campanha eleitoral durou uns oito meses. Acompanhei parte dela de um lugar privilegiado, ao lado do poeta Thiago de Mello, que até o golpe militar de 1964 havia sido adido cultural do Brasil no Chile, onde escreveu o Estatuto do Homem e conquistou a amizade de intelectuais e artistas chilenos, entre eles Neruda, Violeta Parra, Allende, o pintor Nemesio Antúnez - diretor do Museu Nacional de Belas Artes, Isidora Aguirre - dramaturga e autora de La Pérgola de las flores, a atriz Inés Moreno e tantos outros intelectuais. 

Os chilenos, solidários, acolheram Thiago com carinho em seu exílio. Isabel, uma das filhas de Allende - hoje senadora por Atacama - que estava de férias em Valparaíso, cedeu seu apartamento de Santiago, em uma torre no bairro La Providencia, para Thiago e Lurdinha que me haviam perfilhado. Naquele verão, morei com eles dois meses. Num domingo à tarde, acho que em fevereiro, toca a campainha. Abro a porta e tomo um susto: diante de mim, em carne e osso, Salvador Allende, acompanhado de Inés Moreno.

Eu, ali, em pé, diante dos dois, na soleira da porta. Allende - "El pije" - porte elegante, vestia sua tradicional guayabera branca de linho, manga comprida, com discreto bordado nos quatro bolsos. Inés Moreno, atriz e poeta, já era minha conhecida, pois residia no mesmo prédio, em outro andar, e frequentava os saraus da casa de Thiago. Era uma bela mulher, magra e espigada, aparentando uns quarenta e poucos anos. Vinham visitar Thiago. Informei que o poeta tinha ido passar o fim de semana em Viña del Mar. Eu estava sozinho. E de tão espantado, nem sabia como agir.

Allende em pé, na porta, e eu paralisado diante dele, bloqueando sua passagem. Foi quando com fino humor, me perguntou se podia entrar na casa de sua filha. Estava em plena campanha e havia decidido tirar uma folga naquela tarde. Entraram. Conversamos sobre política, Chile, Brasil, literatura, música e amenidades. Ele conhecia a bossa-nova e gostava de João Gilberto. No meio da conversa, com um toque de ironia, perguntou:

- No hay café en casa de brasileño?

Com o maior prazer, passei, então, um café, al tirito, nomás, como minha mãe me ensinou: jogando o pó dentro da água fervendo para imediatamente coar num filtro de papel na falta de coador de pano. Tomamos café os três, eu ali, de quase-penetra, intrometido num pedaço da História, pegando uma carona naquele momento singular, olhos bem abertos, apreendendo tudo e dando gracias a la vida por me haver dado tanto. 

Chirimoya alegre

Inés recitou algo tocando violão, talvez um poema retirado do seu livro Mi mano en tu mano, do qual não consigo me lembrar. Eu já conhecia seu talento de declamadora, sua voz aveludada. Na primeira vez em que a ouvi, num jantar oferecido por Thiago, ambos recitaram juntos, alternando vozes, o Romancero Gitano de Garcia Lorca. Um espetáculo! Naquela sala, cabia toda a Andaluzia. Irromperam os dois rios de Granada que "bajan de la nieve al trigo", o Guadalquivir "con sus barbas granates", as meninas mirando a lua, os gitanos, a guarda civil, os carabineiros com "sus negras capas ceñidas" e até o cadáver de Antoñito el Camborio.

"Ay, amor, que se fue por el aire!" A tarde acabou, despedimo-nos de Inés que subiu para seu apartamento. Com um gesto inesperado, Allende retribuiu o café me convidando a tomar sorvete. Ele próprio dirigiu o carro, comigo no banco do carona, até uma sorveteria da moda, no sopé da Cordilheira dos Andes, em Las Condes. Em poucos meses, seria o presidente da República e três anos depois morreria no Palácio La Moneda, resistindo ao golpe. Agora, estava ali, sem qualquer segurança, nem mesmo um motorista.

Ocupamos uma mesa. Saboreamos sorvete de ‘chirimoya alegre’, o que me permitiu matar as saudades do Amazonas. A chirimoya é irmã do nosso biribá e prima da graviola. Fica alegre quando sua polpa é misturada com suco de laranja, um pouco de passas e nozes. Alegres também estavam as pessoas que vinham até a mesa abraçar Allende, embora Las Condes e o vizinho Vitacura fossem bairros de ricos, sede de embaixadas com luxuosas mansões. Aos que conheciam o poeta, ele me apresentava: “Un brasileño, amigo de Thiago”.

Eu estava ali como Pilatos no Credo, mas consciente de estar vivendo aquele momento ao lado de um homem bom, límpido, decente, de tanta importância para a história dos povos humildes de nossa América. No início de setembro, Allende era eleito e dois meses depois assumia a presidência. O resto nós já sabemos.

Si vas para Chile

Dizem que o moribundo, na hora da verdade, recorda momentos vitais de sua existência. Suspeito que quando chegar minha vez, cenas que vivi no Chile ocuparão boa parte do filme. Minha estadia durou menos de um ano, mas foi um momento histórico muito intenso. Nos anos 1960-70, milhares de brasileiros saíram do Brasil, muitos foram recebidos fraternalmente pelos chilenos que compartilharam conosco casa, pão, vinho, música, poesia, alegria, sonhos. Como foram generosos esses chilenos! Dormi em casas de desconhecidos, que me acolheram como um parente querido.

Quando finalmente deixei o Chile, na despedida Inés Moreno rasgou no meio um bilhete de 1 (um) escudo chileno, que tinha no centro a figura de Arturo Prat, um herói naval do século XIX. Ela ficou com a parte que continha o Arturo e me deu a outra metade. Se alguém a procurasse com o Prat na mão, significava que ia enviado por mim. Era mais um gesto de solidariedade, de proteção, muito mais simbólico que prático.

Passei pelo Chile vinte e cinco anos depois, em meados dos anos 90, quando Thiago lá estava de volta como adido cultural e organizou um encontro com Inés. Encontrei a amiga de Thiago e de Allende, mas o Arturo não encontrou Prat, ambos havíamos perdido nossas metades (o escudo já nem era mais a moeda do Chile).

Tudo isso lembrei agora nesta semana, ao acompanhar a cobertura da mídia brasileira e internacional sobre a rememoração dos 40 anos do golpe militar, quando Allende foi homenageado como merece. Com o coração na mão, li o artigo La sombra de Inés Moreno escrito em 2003 pelo jornalista Luis Alberto Mansilla na revista Punto Final, noticiando a morte da atriz: 

Nos últimos dias, ela já não podia falar. Comunicava-se escrevendo em pedaços de papel que entregava às suas filhas. Um deles era uma citação de Borges, que expressava suas últimas percepções: "toda pessoa que viveu projeta uma sombra que nunca acaba".

Deixo aqui e no Diário do Amazonas a sombra de Salvador Allende e de Inés Moreno, com aroma de café e sabor de chirimoya alegre. “Si vas para Chile, te ruego viajero, le digas a ella, que de amor me muero”.

 

 

EL DIA EN QUE LE SERVÍ UN CAFECITO A ALLENDE

Era enero de 1970 y yo estaba allí, en la avenida Bulnes, Santiago de Chile, en  medio de la multitud, en el mitin de laUnidad Popular, cuando el senador Salvador Allende del Partido Socialista fue proclamado como candidato de las izquierdas. Al fondo de la tribuna había un gigantesco mural blanco en el que unos treinta artistas plásticos pintaron en aquel momento, colectivamente, una obra de diversos colores. Solamente dos oradores: Pablo Neruda, del Partido Comunista, que en breve discurso, renunció a su pre-candidatura y en seguida Allende que se pronunció ya como candidato. Después, todo fue fiesta.

Con algunos brasileños exilados, entre ellos el titiritero Euclides Souza, Dadá, que hoy vive en Curitiba, y el periodista Tarcisio Lage, que se ha vuelto holandés, estaba allí yo, con mis 22 años. Entonamos con la multitud: Se siente, se siente, Allende presidente! Oímos las palabras de orden: Jota, Jota, Ce Ce: Juventudes Comunistas de Chile! Niños cantaban en coro: Pica el ajo, pica el ají, sale Allende, claro que sí! Cantores y grupos musicales alegraban la fiesta: Isabel y Ángel Parra, Victor Jara, Quilapayún, Intillimani y otros menos conocidos.

La Avenida Bulnes parecía un hormiguero humano, desde la Alameda hasta el Parque Almagro, con gente colgada en los árboles para ver mejor la tribuna. Banderas, afiches, carteles. Las personas, en pequeños círculos, bailaban la cueca y la refalosa, flameando con gracia el pañuelo en la mano. Cantaban y festejaban el sueño de construir una patria sin injusticias, sin miseria, sin explotación. Los chilenos estaban enamorados de la vida. Nutrían esperanzas. Transbordaban alegría. Santiago era una fiesta. Los exilados brasileños estábamos ebrios de civismo (y del buen vino chileno).

El cafecito

La campaña electoral duró unos ocho meses. La seguí desde un lugar privilegiado, al lado del poeta Thiago de Mello, que hasta el golpe militar de 1964 había sido agregado cultural de Brasil en Chile, donde escribió el Estatuto do Homem. Cultivó la amistad de intelectuales y artistas chilenos, entre ellos Neruda, Violeta Parra, Allende, el pintor Nemesio Antúnez - director del Museu Nacional de Bellas Artes, Isidora Aguirre - escritora y autora de La Pérgola de las flores, la actriz Inés Moreno y tantos otros intelectuales.

Los chilenos, solidarios, acogieron Thiago con cariño en su exílio. Isabel, una de las hijas de Allende - hoy senadora por Atacama - que estaba de vacaciones en Valparaíso, dejó su departamento en una torre del barrio de La Providencia, en Santiago, para Thiago y Lurdinha, que me habían prohijado. Vivi con ellos dos meses durante ese verano. Un domingo por la tarde, creo que en febrero, toca el timbre, abro la puerta y me doy con la figura de Salvador Allende en persona, acompañado de Inés Moreno.

Yo alli, de pie ante los dos, en el dintel de la puerta. Allende - "El pije" - porte elegante, vestía su tradicional guayabera blanca de lino, manga larga, con discreto bordado en los cuatro bolsillos. Inés Moreno, actriz y poetisa, que yo ya conocía, pues vivía en otro piso del mismo edifício y solía ir a los saraos en casa de Thiago. Era una bella mujer, esbelta y espigada, aparentando unos cuarenta y pocos años. Venían a visitar a Thiago. Les dije que el poeta había ido a pasar el fin de semana a Viña del Mar. Yo estaba solo. Y de tan aturdido, no sabía que hacer.

Allende de pie, en la puerta y yo, paralizado frente a él impidiendo su pasaje. Fue cuando, con fino humor, me preguntó si 

podia entrar a la casa de su hija. Estaba en plena campaña política y habia decidido descansar esa tarde. Entraron. Conversamos sobre política, Chile, Brasil, literatura, música y amenidades. Conocia bien la bossa-nova y le gustaba João Gilberto. Entonces, con un toque de ironía, preguntó:

 

- No hay café en casa de brasileño?

Con gran placer, preparé un café, al tirito, nomás, como mi madre me enseñó: poniendo el café molido en el agua hirviendo para inmediatamente pasarlo por un filtro de papel a falta de uno de tela. Tomamos café los tres, yo alli, de entrometido en un pedazo de la Historia, aprovechando de gorra aquel momento singular, ojos bien abiertos, aprendiendo todo y dando gracias a la vida por haberme dado tanto. 

Chirimoya alegre

Inés recitó algo al son de la guitarra, creo que un poema de su libro Mi mano en tu mano que ahora no consigo recordar.Ya conocia su talento de declamadora, su voz de terciopelo. La primera vez que la escuché, en una cena ofrecida por Thiago, ambos recitaron juntos, alternando voces, el Romancero Gitano de Garcia Lorca. Un espectáculo! En la sala, cabía toda Andalucía. Irrumpieran los dos rios de Granada que "bajan de la nieve al trigo", el Guadalquivir "con sus barbas granates", las niñas mirando la luna, los gitanos, la guarda civil, los carabineros con "sus negras capas ceñidas"  y hasta el cadáver de Antoñito el Camborio.

"Ay, amor, que se fue por el aire!" La tarde acabó, nos despedimos de Inés que subió a su departamento. En un gesto inesperado, Allende retribuyó el café invitándome a tomar un helado. Él mismo condujo el coche, conmigo al lado, hasta una heladería de moda ubicada a los pies de la Cordillera, en Las Condes. En pocos meses sería el presidente de la República y tres años después muerto en el Palacio de La Moneda, resistiendo al golpe. En ese momento, estaba alli, sin ningún esquema de seguridad, ni siquiera un chofer.

Nos sentamos en una mesa. Saboreamos un helado de ‘chirimoya alegre’, lo que me permitió recordar el Amazonas. La chirimoya es hermana de nuestro biribá y prima de la guanábana. Se alegra cuando su pulpa se mezcla con jugo de naranja, un poco de pasas y nueces. Alegre también estaba la gente que se aproximaba para saludar a Allende, aunque Las Condes y el vecino Vitacura eran barrios de ricos, sedes de embajadas con mansiones lujosas. A los que conocían al poeta, me presentaba: “Un brasileño, amigo de Thiago”.

Yo estaba allí como Pilatos en el Credo, pero conciente de estar viviendo aquel momento al lado de un hombre bueno, límpido, decente, de tanta importancia para la historia de los pueblos humildes de nuestra América. A comienzos de setiembre, Allende ganaba las elecciones y dos meses después asumía la presidencia. Ya sabemos el resto.

Si vas para Chile

Dicen que el que va morir, a la hora de la verdad recuerda momentos vitales de su existencia. Sospecho que cuando me toque, las escenas que vivi en Chile ocuparán buena parte de la película. Mi estadía duró menos de un año, pero fue un momento histórico muy intenso. En los años 1960-70, miles de brasileños salieron de Brasil, muchos fueron recibidos fraternalmente por los chilenos, que compartieron con nosotros casa, pan, vino, música, poesía, alegría, sueños. Como fueron generosos esos chilenos! Dormí en casas de desconocidos, que me acogieron como si fuera de la família.

Cuando salí de Chile, en la despedida Inés Moreno rasgó en dos partes un billete de 1 (un) escudo chileno, que tenia al medio la figura de Arturo Prat, un héroe naval del siglo XIX. Ella se quedó con la mitad que contenía Arturo y me dió la otra. Si alguien la buscara con el Prat en la mano, significaba que iba de mi parte. Se trataba de un gesto de solidariedade, de protección, mucho más simbólico que práctico. Pasé por Chile veinte y cinco años después, a mediados de los 90, cuando Thiago volvió a ser agregado cultural. Encontré entonces a Inés y ambos habíamos perdido, ella, Arturo y yo, Prat (El escudo ya no era más la moneda de Chile).

Todo eso me vino a la memoria esta semana al ver la cobertura de la mídia brasileña e internacional sobre la rememoración de los 40 años del golpe militar, cuando Allende recibió merecidos homenajes. Con el corazón en la mano, leí el artículo La sombra de Inés Moreno escrito en 2003 por el periodista Luis Alberto Mansilla en la revista Punto Final, que daba la notícia de su muerte:

- En los últimos días ya no podía hablar. Se comunicaba con papelitos que entregaba a sus hijas. Uno de ellos fue una cita de Borges, que expresaba sus últimas percepciones: “Toda persona que ha vivido proyecta una sombra que nunca acaba”.

Dejo aqui y en el Diário do Amazonas, la sombra de Salvador Allende y de Inés Moreno, con aroma de café y sabor de chirimoya alegre. “Si vas para Chile, te ruego viajero, que digas a ella, que de amor me muero”.

 P.S. Fotos pirateadas da internet, ilustraçao do nosso parceirinho Fernando Assaz Atroz: http://assazatroz.blogspot.com.br/2013/09/professor-bessa-o-dia-em-que-fiz-um.html

 

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89 Comentário(s)

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Tarcisio Lage comentou:
24/12/2021
Pois é, dom Bessa, nós estávamos lá. De lá para cá, no vai-e-vem da História acho que morro na merda deste retrocesso.
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Magela Ranciaro (via FB) comentou:
21/12/2021
“ Canta, dança… não há festa perdida no fundo da memória”.
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AntonioOseas Oséas comentou:
20/12/2021
Viajei neste texto até o prédio 1831 da Calle Providencia, cuja cobertura era ocupada por Thiago de Melo e pelo filho Manduka. Eu morava numa republica no terreo que sempre recebia a visita do poeta.
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Xime Andre comentou:
20/12/2021
Qué orgullo que estuvieras, presenciaras y compartieras todo esto. Mayor orgullo que tú José nos mires y retrates con amor desde tu amado país. Siempre eres bienvenido aquí .
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Suzana Escobar comentou:
20/12/2021
Esse texto é lindo, José Bessa
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Maximo Lustosa comentou:
20/12/2021
Que história sensacional!
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João Scortecci comentou:
20/12/2021
Belo depoimento! Todos os acontecimentos da história deveriam começar assim: "eu estava lá".
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Maria José Silveira comentou:
20/12/2021
O extraordinário e querido José Bessa, com uma de suas histórias naravilhosas.
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Caio Giulliano Paião comentou:
14/09/2021
Emocionante. Assisti ao documentário Mi Abuelo Allende esses dias. Incrível saber da sua aparição num momento privado da vida desse homem - tema do documentário feito por sua neta. Deleite de leitura, prof.
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Zulma Moriondo comentou:
13/09/2021
Que delícia de relato!!! Uma época de extraordinária efervescência ! Eu era estudante de jornalismo e transmitiamos os fatos relevantes do Chile de Allende. Que tristeza foi esse final tão trágico!
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Anete Rubim comentou:
12/09/2021
Demais! Mais que demais!
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Marcos Dores Pena comentou:
12/09/2021
Aí.... Que legal você passar o café
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Geasur EA Desde El Sur comentou:
12/09/2021
Muito orgulho da sua amizade Admiração gigante
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Carlos Chaplin comentou:
12/09/2021
Historia incrível, dia inesquecível
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Vera Nilce Cordeiro Correa (via FB) comentou:
12/09/2021
Que crônica maravilhosa! Que privilégio o seu! Bela homenagem a este líder socialista da América Latina.
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José Roberto Torero Fernandes Junior comentou:
12/09/2021
Poxa, Bessa, dividimos beliche por 15 dias e você não me contou essa!
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Maria Do Carmo Cardoso comentou:
12/09/2021
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Thiago Thiago de Mello comentou:
11/09/2021
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Liège Rinaldi De Assis Pacheco comentou:
11/09/2021
Que relato maravilhoso e emocionante, Babá!
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Renato Dias comentou:
11/09/2021
Suas histórias são as melhores! Sensacional!
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Luciana Freitas comentou:
11/09/2021
Lindo! Emocionante! (Manda um abraço para minha querida orientadora)
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Marcos Barreto comentou:
11/09/2021
Que texto! Quantas memórias! Saiba que a sensação que teve ao encontrar Allende, é muito parecida quando digo que fui seu orientando. Vou até passar um café depois desse texto.
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Felippe Jorge Kopanakis comentou:
11/09/2021
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Luiz Pucú comentou:
11/09/2021
VOCÊ É A ESTÓRIA DA HISTÓRIA VIVA E PULSANTE
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Harald Pinheiro (via FB) comentou:
11/09/2021
Que maravilha! Esse cafezinho equivale às madeleines de Prost, ambos nos conduzem a importantes reminiscências!!!
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Loretta Emiri (via FB) comentou:
13/09/2020
Não apenas o texto do querido Bessa é emocionante, mas o seu também Astrid Lima!
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Astrid Lima comentou:
13/09/2020
Loretta Emiri o mérito é todo do Ribamar. Ele é uma daquelas pessoas capazes de inspirar, de contribuir a ampliar a alma. Amo esse conterraneo da Aparecida, amo que ele exista nesse mundo duro .
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Astrid Lima comentou:
13/09/2020
Sono quasi sette del mattino di una domenica ancora indecisa tra estate e autunno, ho appena preparato e sorseggio il primo caffè della giornata ed ecco che appare nella TL un post di Ribamar sulla sua esperienza in Cile, sul comizio in cui Salvador Allende era proclamato candidato delle sinistre alle presidenziali e di quando, in piena campagna elettorale Allende ha bussato alla sua porta e hanno preso un caffè insieme. Ho conosciuto Ribamar quando ero una quattordicenne militante del partito comunista ancora illegale, dopo poco sarebbe finita formalmente la dittatura in Brasile con l'elezione del primo presidente civile, Tancredo Neves. Il paese era in ebollizione, avevamo fame di libertà e conoscenza e di quel professore universitario di storia sapevo ben poco, a parte che sua madre, vicina del quartiere Aparecida, era una delle donne più gentili che conoscevo. Ma quel uomo di sorriso dolce era tra i nostri punti di riferimento e sarebbe diventato uno dei fondatori del PT, che noi comunisti vedevamo con sospetto per le influenza di Wojtyla e del Solidarno?? (ma questa è un'altra storia). Anni dopo, io, in un autoesilio italiano dovuto al rifiuto all'orrore davanti alla recrudescenza della violenza poliziale nei commissariati del Brasile, con la tortura e uccisione di migliaia di persone (e anche questa è un'altra storia) lo ospedavo in casa e al caffè aggiungevo il cornetto italiano. Ero emozionata di aver un viso conosciuto frutto di un'altra vita. Ci legava il senso di companheirismo che è naturale tra coloro che condividono il sogno in una società diversa e che ancora oggi ci permette di trovare casa in qualsiasi parte del mondo, e quella appartenenza speciale che è Aparecida. L'ho letta la cronaca di Ribamar anni fa ma mai come ora il peso della storia, di quel devir, sembra avverrarsi in forma di incubo per il ritorno delle estreme-destre nel mondo, un po' come questa mattina dove il freddo non è ancora arrivato ma avvertiamo la sua presenza. Grazie José Bessa
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Marcelo Sant'ana Lemos comentou:
13/09/2020
Muito boa essa crônica ao sabor de um café!!
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Rosa Helena Mendonça comentou:
13/09/2020
Linda crônica e a ideia recorrente de que o filme da vida passa, não só na hora da morte, ainda bem, mas quando nos pomos a recordar...
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Cristina Alejandra comentou:
13/09/2020
que massa. Allende é uma lenda. O cara marcou a historia do Chile. Um texto interessante.... sempre esqueço q no Brasil a ditadura comecou antes
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Peixoto Leo comentou:
13/09/2020
Quanta boniteza, Bessa!!! Texto emocionante!!!
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Maria Do Carmo Cardoso comentou:
13/09/2020
Amei teu texto, Bessa, e teu encontro e essa experiência inolvidável
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Mailsa Passos comentou:
13/09/2020
José Bessa, que crônica linda e importante!! E que experiência!!!!! ???? Li o texto ouvindo Violeta Parra, que não consigo largar faz 2 dias
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Isabella Thiago de Mello comentou:
13/09/2020
Thiago de Mello e Lourdinha brindam pela sua amizade, sua presença em nossas vidas, Bessa, querido ! Desta sua afilhada Ique você viu nascer no exílio chileno. Saudade. Vamos em frente.. Isabella
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Sirlene Bendazzoli (via FB) comentou:
12/09/2020
Perfeito caro amigo, nessa época minha irmã era uma exilada no Chile TB, como tantos brasileiros. Tudo tão lindo e de final tão trágico.
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Edilene Coffaci de Lima comentou:
14/08/2020
José Bessa, me encanta todas as vezes que leio essa sua crônica. Grata por toda beleza.
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Silvio Tendler comentou:
21/03/2014
Copiei tua crônica e vou citá-la no meu livro. O que ébom pertence a todos Abraços Silvio Tendler
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Ana Chrystina comentou:
28/12/2013
Linda crônica!!! Mais uma do José Bessa !!!
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Victor Losada comentou:
29/09/2013
O ex-chefe da policía secreta de Pinochet se suicida. O general reformado Odlanier Mena Salinas, de 87 anos, morreu em sua casa, onde passaba os fins de semana com permisão penitenciaria. Ele dirigiu a Central Nacional de Informaciones (CNI), policía secreta de Augusto Pinochet entre 1977 y 1990, responsável de dezenas de assassinatos, sequestros e torturas. Deu um tiro na cabeça, em sua casa localizana comuna de Las Condes, Mena ia ser trasladado a outra prisão. Ele foi um dos organizadores da CARAVANA DA MORTE, que executou opositores ao golpe militar.
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Judite Rodrigues Pucu comentou:
27/09/2013
Não tenho dúvida que fazer esse cafezinho ao Allende foi uma honra pra você. Eu também como brasileira, sinto-me agraciada por seu ato, e por sua presença no Chile naquela fase de alegria e tristeza para toda América Latina.Há quarenta anos, em doze de setembro, eu lembro de mim atravessando de barca, e chorando pelo desfecho em La Moneda.Obrigada por nos brindar com suas memórias.
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Carolina Dellamore comentou:
27/09/2013
Lindo texto, sempre me emociono com suas narrativas.
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gina couto comentou:
25/09/2013
Es eso, camarada, nos pueden quitar todo, hasta la propia vida, pero nunca nos podrán quitar el sabor del encuentro de los que luchan por la libertad, en cualquier parte del mundo, como dice Atahualpa Yupanqui Contato de gina couto
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ana pizarro comentou:
21/09/2013
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Urda comentou:
20/09/2013
Mui, mui belíssimo! Urda.
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Raimundo Nonato Souza comentou:
19/09/2013
Que texto genial, Babá. Gracias!
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Ari Loureiro comentou:
18/09/2013
Linda história Bessa!!!
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Daniele Lopes comentou:
17/09/2013
Lindo texto e emocionante!
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André Soares comentou:
17/09/2013
Tempos difíceis tanto para o Chile quanto para o Brasil. Os EUA, através da CIA, é que decidiam quem iria presidir cada país da América Latina. Aos que insistiam em eleger presidentes socialistas, restava amargar e sofrer com golpes de estado liderados por militares, mas financiados pela Casa Branca. Somente hoje podemos ver a consequência disso tudo. Espero que aprendamos com estes fatos para não mais deixarmos ser dominados. E, pelo que estamos vendo com toda esta espionagem divulgada, parece que os americanos não aprenderam...
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Maria comentou:
17/09/2013
bonita, lembrei do meu professor de documentario chileno patricio guzman que tambem dizia que quando allende assume, ele sai as ruas e tem essa impressão de que as pessoas estavam enamoradas. beijo
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Thiago de Mello comentou:
17/09/2013
O Jura, meu famoso Ribamar Bessa, está um príncipe da crônica, de sabor caboclo machadiano.
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Malu comentou:
16/09/2013
Adorei Bessa e lembrei quando vc me contou essa história e que quase não contava, porque achava que não podiam acreditar. Adorei também saber que vc conhece o Tarcisio. Ele vem quase todo ano. Um dos filhos resolveu voltar e fincou raiz. Nossa! lembranças.... Tudo de bom
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Susana Grillo comentou:
16/09/2013
Bessa, que História forte... ouvi e li muita coisa sobre Allende nesta semana, inclujsive uma entrevista com Isabel... mas seu relato supera tudo ... um grande abraço
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16/09/2013
Caro Bessa, esta crônica mexeu muito comigo. Não estive no Chile em 1970, mas conhecia Violeta, o Jara, porque estávamos numa "'epoca" de descobrir e curtir nossa latinoamericanidade.Chorei muito e escrevi um poema pro Jara, quando de sua morte. E eu também, aquela altura, acreditava. Por que o Socialismo/comunismo, consegue arregimentar as melhores pessoas (ou as mais ingênuas?), as mais despojadas (ou as mais hipócritas?) as melhores idéias sobre o como deveria ser o funcionamento da sociedade (ou a arrogância na crenca de que tudo o que foi feito por Deus, ou um ser Supremo ou a Natureza, os os homens que vieram antes seja imperfeito e inferior?) e quando instaurado se transforma no mais cruel, autoritário, desumano e opressor dos sistema? Porque não admiteo discenso, e não aceita a diversidade de opinião, de crenca, de pensamento? Darcy Ribeiro, que também esteve no Chile, acusava as esquerdas mundiais pelo desasstre do governo de Allende, na medida em que, como não se entendiam e cada corrente sabia como salvar o mundo, esta maldita pretensão, atropelaram o processo democrático, querendo impor tudo a ferro e fogo. Vi por aqui um filme chamado MACHUCA, que teve pouca repercussão, claro!. Pelos olhos de um menino entre 9-10 anos, de classe média alta, cujos pais esquerdistas empregados em organismos internacionaiss ONU, UNESCO, FAO, viviam viajando para salavar o mundo. Ele estudante de um colégio de padres, vê a escola ser tomada de assalto pelos "dimenores" de lá, matriculados a forca pelo governo, já que todos devem frequentar as mesmas escolas ereceber o mesmo ensino. Parece justo. E é!. Só que o garoto via os "dimenores", colando, sabotando o estudo e não quriam estar ali (até porque eram semialfabetizados) e doidos pra cair fora e vender seus "limões" nas ruas ou flâmulas durante as passeatas, onde eles espertos, atendiam tanto aos defensores do governo e depois corriam para fazer o mesmo nas manifestacões dos opositores. O Chile sempre esteve partido. E deu no que deu!. Só que parece que as esqurdas não aprendem. Bem. nào aprendem porque não reconhecem seus equívocos e nunca erram porque tem a VERDADE. E todos que tem a verdade, exceto Cristo, acabaram se transformando em fundamentalistas. Errata, Cristo não disse que a tinha, disse que era própria VERDADE. Seu texto é muito bonito. Demonstra que vivenciou tudo aquilo com o ardor a crenca e a pureza da juventude.Eu o leio hoje, me coloco nas cenas e sinto o mesmo que senti ao assistir o belísimo musical "Os Miseráveis", quando aqueles meninos belos, puros, jovens, arrebatados de amor pela humanidade viviam, matavam e morriam nas barricadas de Paris. Bem terminada a Revolucão Frncesa, quando a turba se fartou do sangue dos nobres e dos desafetos, não havia projeto político para implantar. Agora, a burguesia tinha. E desde Napoleão, aos trancos e barrancos, mantêm seu projeto 'sócio-político-econômico e dePoder. Até porque a Historia não caminha em linha reta e as "revolucões"são a excessão e não a regra. Talvez por isto é que sejam tão festejadas e comemoradas. Se me enviar seu endereco te mando um exemplar de meu livro "Escrita Poética" Contato de helena maria de souza
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16/09/2013
Uma finura só, está cronica Babá. Desde o Brasil, em Niterói, acompanhei passo a passo e com entusiasmo essa parte edificante e emocionante da história sociocultural do Chile. O famigerado, truculento e sanguinário golpe contra o povo chileno, derrubou muito, mas não destruiu os sonhos. Por isso é cada vez mais necessário pensar no passado, para agir no presente, projetando o futuro. Contato de Falcão Vasconcellos
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Fernanda Garcia Camargo comentou:
16/09/2013
Bessa, pra quê seguranças se Allende investia em você para amigo, quer segurança melhor que andar abertamente pelas ruas, sendo visto e apalpado por mais "latino americanos sem dinheiro no bolso" ? Sinceramente é apetitosa a lembrança com detalhes que impulsiona imaginar inclusive a luz no apartamento naquela tarde. E incrível a história! Quando menos se espera estava o Bessa lá!, para contar.
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Marilza de M. Foucher comentou:
16/09/2013
Meu querido Bessa, meu mano-camarada, BELISSIMA CRÓNICA DON BESSA! Fiquei emocionada recordando outras historias... e até ri lembrando de você e meu primo Manduka...Essa não contarei para teus leitores, fica na caixa de segredo da família!!! Como você eu adoro este país que acolheu pessoas da família, grandes amigos. Allende, Neruda Jacques Chonchol, os Parras até parecem integrantes de nossa família, são tantas historias que daria para voce escrever varias crônicas! Para Inês Moreno eu ofereço os belos versos de Neruda AMIGA, no te mueras. Óyeme estas palabras que me salen ardiendo, y que nadie diría si yo no las dijera. Amiga, no te mueras. Yo soy el que te espera en la estrellada noche. El que bajo el sangriento sol poniente te espera. Miro caer los frutos en la tierra sombría. Miro bailar las gotas del rocío en las hierbas. En la noche al espeso perfume de las rosas, cuando danza la ronda de las sombras inmensas. Bajo el cielo del Sur, el que te espera cuando el aire de la tarde como una boca besa. Amiga, no te mueras.
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Mario Sussmann comentou:
16/09/2013
Ribamar, depois de nossa "O Lampião - A Luz qu brilha nas trevas" (Lam-piao, na versão chinesa) seguiste "caminhos sobre as estrelas" cujas luminosidades persistem em nossos sonhos, afinal o que nos restou e não foi pouco. Abraço. Contato de Mario Sussmann
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luiz pucu comentou:
16/09/2013
A melhor filmagem é da retina; dedilhando cada letra misturada com nosso instante de febre. Linhas da emoção e depois o 'banho de sangue' que faz a tinta ferver ao redor do coração. Tinta, rubi da rubiácea compondo o mural do tempo e uma vontade guerreira de voltar. Estou contigo, professor, ´pelo fio do umbigo!!!!
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Weber F. Silva comentou:
16/09/2013
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Mariane del Carmen (via fb) comentou:
15/09/2013
Leendo esta crónica, recordé de mis queridas hemanas chilenas (y la busca del café... jajajajaja...) ... y mi querida brasileña con pies en Chile De Mello Marcia!
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Geraldo Sá Peixoto Pinheiro (via FB) comentou:
15/09/2013
Belíssima crônica. Já conhecia alguns detalhes dela em recente conversa memorialistica que tivemos no Laboratório de História da Imprensa do Amazonas, na companhia de Maria Luiza Maria Luiza Ugarte Pinheiro e Luís Pinheiro. Foi uma verdadeira viagem no tempo que hoje se enriquece de outros maravilhosos detalhes.
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Eva Seiberlich (blog amazonia comentou:
15/09/2013
Achei linda, comovente e engraçada a passagem do prof. Bessa na casa dos Allende. Lembrei-me de dois momentos: - quando Afonso Romanno de Santanna vem de Juiz de Fora, ainda bem jovem, mostrar sua poesia ao poeta maior;- e das histórias que Isabel Allende contara aos participantes da FLIP sobre seu pai. Obrigada por nos premiar com deliciosas histórias, todas tão diversificadas.Profa. Eva Seiberlich
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Juarez Silva Jr. comentou:
15/09/2013
Como se dizia antigamente, simplesmente SUPIMPA, esses encontros com a História, me fazem lembrar o personagem Forrest Gump e suas "intromissões" não previstas nela. Como sempre mandaste bueníssimo :-) Contato de Juarez Silva Jr.
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Jose Varella (via fb) comentou:
15/09/2013
professor José Bessa bateu saudade de jogar conversa fora no Galo Carijó e varar a noite no Clube da Madrugada...
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Janice comentou:
15/09/2013
Caro Professor Bessa, Muchas Gracias pelo lindo texto sobre Allende! En cambio comparto Manifiesto ( Victor Jara), É sempre bom lembrar daqueles que nunca nos permitirão esquecer que é preciso seguir lutando por dias melhores. Segue o link de Victor Jara, . http://youtu.be/en8yqVxuT-U Comparto con Uds. una refrescante versión de la hermosa canción de Violeta Parra, interpretada por Mercedes Sosa, Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento y Gal Costa. http://www.youtube.com/watch?v=krEMw8E5ZAg (Visualização) Abrazo, Bjim, Janice
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Alexandre de Oliveira Pimentel (via FB) comentou:
15/09/2013
Mais um lindo texto de José Bessa. Gracias a la vida, já estamos ficando acostumados com a emoção que nos provoca sempre.
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Maria Alice Azevêdo comentou:
15/09/2013
A História e o cafezinho. Não há dupla melhor. Parabéns pela crônica e grata pelo email que enviou, apresentando-me o seu site.
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César Castro Aliaga comentou:
15/09/2013
Querido José. Impresionante tus recuerdos sobre tu estancia en Chile, del cafecito y helados con Salvador Allende. Igual, ahora que leo estas hermosas líneas, yo también recuerdo aquellos momentos, no tan lejanos (del 24 de agosto de 2003), en México DF, camino del hotel al Teatro Bellas Artes, cuando me contaste este mismo pasaje de tu experiencia con el líder chileno. Gracias, por haberme adelantado entonces ese trozo de tu trayectoria vital que, yo también, lo guardo, como si fuera el mio propio. César Castro
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Mauro Souza comentou:
15/09/2013
Bessa, simplesmente lindo. Literatura cheia de paixão, poesia e verdade. Obrigado por compartilhar mais um texto primoroso e que aquece a alma.
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Betty comentou:
15/09/2013
Querido Bessa, obrigada pela linda crônica! Saudade de você e de Tarcisio! que a gente se encontre outra vez. Um beijo da betty
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Ana Stanislaw comentou:
15/09/2013
Simplesmente linda, linda! Obrigada por esse maravilhoso café com memórias, excepcionais histórias! Elas dizem muito sobre você!
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Bernal comentou:
15/09/2013
El otro día miré una linda foto de las protestas de estos días que decía: "el tirano ha muerto, Allende vive". A veces siento que (aunque un amigo dice que son esperanzas demasiado "históricas"), tarde o temprano (casi siempre tarde), las pequeñas voces de la historia son más escuchadas que los gritos de generales y mandones... Como dirían en tu tierra, cuánta saudade de una charla larga con vos!!
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Gabriela (via FB) comentou:
15/09/2013
"Querido José Bessa, desde aquellos días mexicanos, siempre me gustó la sensación extraña de mirar con tus ojos, un tiempo y unos personajes que para mí sonaban a mito (y mira que te lo dice una antropóloga!!). Gracias por otra bellísima crónica... Retribuyo desde lejos con estito... Ojalá te guste! Muchisísisisisisisimos abrazos! http://www.youtube.com/watch?v=LyUl_zDJd_A"
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Javier comentou:
15/09/2013
Oi Bessa: Muito emotivo e uma reconstrucao de época belíssima , um luxo para a Memoria social Forte abraço e um grande parabéns por essa tinta . Javier
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Renato comentou:
15/09/2013
Obrigado Bessa pela crônica e suas histórias de vida. Tomei há pouco o meu café da manhã na certeza de um domingo de céu azul, neste dia belíssimo, em muito ajudado pelo seu café com Allende. Forte abraço. Renato
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Daniel Canosa comentou:
15/09/2013
José Acabo de reenviar este texto a las listas de bibliotecología, que historia tan significativa la que acabas de compartir, realmente una bella evocación y un recuerdo imborrable. Felicitaciones! Un abrazo Daniel
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Henrique comentou:
15/09/2013
Obrigado por compartilhar essa lembrança conosco professor. Por um instante senti o cheiro do café. Essas sombras ganham vida quando lembramos delas. Bom domingo.
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Eliane Potiguara Santos (via FB) comentou:
15/09/2013
TODA MINHA ADMIRAÇÃO POR JOSÉ BESSA;
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Myra Landau (via FB) comentou:
15/09/2013
Mas que grande!!! tive a sorte de conhecer Allende no Mexico, mas nao tomamos cafe, somente cha! uma pessoa de um fino humor e tao simples e inteligente!! Só de lembrar o assassinato dele me dao lagrimas nos olhos!!!os BONS vao depressa, os ruins ainda estao por aqui...
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Astrid Lima (via FB) comentou:
15/09/2013
Oi minha querida, então com o José Bessa são dois os amigos que conheceram Allende. Ribamar, a Myra foi uma das artistas plásticas que doaram quadros ao Museu dos Povos que Allende estava criando na época. Anos atrás o Andrea "encontrou" o quadro de Myra em Santiago, no Museu da solidariedade Salvador Allende. Que estranho o mundo.
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Italo comentou:
15/09/2013
Bela evocação, Bessa.
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Giane comentou:
14/09/2013
Dale cafecito.. y ahi también dormiste en la misma cama que Silvio Tendler.. Viva Chile Mierda!!!!
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Vanessa Rodrigues (via FB) comentou:
14/09/2013
UAU! relato esplendoroso. E depois dele desligo e vou tomar um vino chileno, amiga, por que a emoção não acabou!
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Rogério Teles comentou:
14/09/2013
Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem. belo texto Mestre
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Alexandre Pimentel (via FB) comentou:
14/09/2013
Mais um lindo texto de José Bessa. Gracias a la vida, já estamos ficando acostumados com a emoção que nos provoca sempre.
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Soraia Magalhães comentou:
14/09/2013
Estou emocionada, linda narrativa que não nos deixa descansar até que se conheça toda.
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José Geraldo Bessa (via FB) comentou:
14/09/2013
Já tomei vários cafés feitos e servido por ti e nunca virei presidente...
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Vânia Novoa Tadros comentou:
14/09/2013
LINDO! ROMANTICO! EMOCIONANTE! Cabe muito bem aqui o cantar de La Mercedita "gracias a la vida por me haver dado tanto". Todo movimento social me encanta porque nos deixa fortes com a esperança que traz. Senti a emoção daquele comício do Allende! Estou com muita saudade de voltar a viver isso no Brasil por isso que luto.
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