CRÔNICAS

Por que Vargas Llosa não vota no Israel Tuyuka?

Em: 21 de Agosto de 2022 Visualizações: 6544
Por que Vargas Llosa não vota no Israel Tuyuka?

Se tivesse seu título de eleitor registrado no Amazonas, o escritor peruano Vargas Llosa não votaria de forma alguma em Israel Tuyuka, candidato a governador pelo PSOL. Seguiria certamente os princípios que defendeu em artigo no jornal espanhol El País e atuaria como cabo eleitoral do coisificado Wilson Lima (UB vixe, vixe), que tenta a reeleição. As razões para isso foram enfatizadas em palestra no Uruguai, em maio último, quando manifestou simpatia pelo Coiso e declarou que “jamais votaria em Lula”.

Quem é Vargas Llosa? Esse escritor talentoso, 86 anos, prêmio Nobel da Literatura, nos encantou com dezenas de livros. Sabe prender o leitor e contar uma história, ora através de um narrador onisciente que vê tudo, ora através dos próprios personagens, que têm visão limitada pelo lugar que ocupam na narrativa. Li seus contos e romances, uns considerados muito bons, outros, nem tanto, entre eles La guerra del fin del mundo (1981), que recria a revolta de Canudos, inspirado em “Os Sertões” de Euclides da Cunha.

Sua visão sobre a Amazônia peruana aparece em dois romances: El hablador (1987) e Pantaleón y las visitadores (1973). O primeiro é envolvente. O segundo, com altos e baixos, apresenta um humor “direto e espontâneo” – diz ele se autoelogiando – mas na realidade pode ser avaliado como de qualidade duvidosa, embora exista leitor que consegue rir de seus preconceitos sobre a Amazônia, as mulheres e a prostituição, camuflados nas entrelinhas. Que o diga o capitão.

O capitão é o personagem Pantaleón enviado pelo Exército peruano a Iquitos, com a missão secreta de selecionar e alistar prostitutas para satisfazer o apetite sexual das tropas peruanas ali aquarteladas às margens do rio Amazonas. Abandonado pela esposa, ele se apaixona por uma prostituta brasileira. O escândalo explode quando um radialista dá a conhecer a existência do prostíbulo militar. Os generais tiram o loló da seringa e responsabilizam o capitão, ocultando que ele cumpria ordens superiores.

Lápide política

E qual o papel de Vargas Llosa nas eleições do Brasil? Ele serve de indicador aos Institutos de Pesquisa. Candidato a presidente da República do Peru, em 1990, o escritor obteve 37% dos votos contra 63% dados a Alberto Fujimori. Depois disso, todos os candidatos de direita que ele apoiou na América Latina foram derrotados: o pinochetista José Kast no Chile, o empresário Rodolfo Hernández na Colômbia, o dono da fábrica automotiva SEVEL Alberto Macri, na Argentina. Sua fama de pé frio supera a de Mick Jagger.

Há três meses, em Montevidéu, Llosa havia manifestado apoio decidido ao Coiso. Agora, no domingo (14), em entrevista à Folha SP, peitado pelo jornalista Marco Almeida sobre se ainda mantinha tal preferência, declarou não ter “muita simpatia por Bolsonaro”, responsável por “uma verdadeira catástrofe no Brasil” com sua posição negativista sobre as vacinas, além de ter “certa vocação pela palhaçada”. Mas disse que “realmente jamais votaria em Lula, um homem que corrompeu profundamente”.

- Mas os processos contra Lula foram anulados – ponderou o jornalista.

- Sim, mas foram por questões técnicas [...] Torço para que não elejam de novo Lula, pois ele está muito associado à corrupção.

A fala de Vargas Llosa é inconsistente. Ele deixou de lado a mágoa pessoal para apoiar, vinte anos depois, Keiko Fujimori, filha do seu opositor, acusada de receber US$ 1,2 milhão da Odebrecht e com quatro pedidos de prisão por tentar subornar juízes. Seu candidato na Colômbia, Hernández, tinha 34 processos em aberto. A empresa do argentino Macri foi processada por contrabando, o chileno Kast foi acusado de fraude fiscal. Llosa não mencionou “razões técnicas” para o não julgamento do Coiso e dos três Zeros acusados de “rajaditas”.

Suposto índio

Parece até que existe o Índice Eleitoral Vargas Llosa (IEVL). Seu apoio a qualquer candidato é “a maior lápide política”, diz um sociólogo espanhol. Por isso, ele foi chamado de “Vargas Loser” pelo colunista da FSP, Sérgio Rodrigues. A questão, porém, é outra.  Perder não é desonra. Darcy Ribeiro já dizia preferir a derrota defendendo uma causa justa do que compartilhar a vitória com o outro lado. O trágico mesmo é perder do lado errado como ocorreu na Bolívia.

No seu artigo "Raza, botas y nacionalismo" (El País 15/01/2006), Vargas Llosa, depois de defender a candidatura a presidente da Bolívia do direitista Tuto Quiroga, diretor do Banco Mercantil, desqualifica Evo Morales, que ganhou a eleição:

- O sr. Evo Morales não é um índio propriamente dito, embora tenha nascido em uma família indígena muito pobre e fosse pastor de lhamas. Basta ouvi-lo falar seu bom castelhano – afirmou o escritor. É difícil imaginar que um prêmio Nobel da Literatura seja capaz de escrever tamanha asneira, sem querer com isso ofender os asnos. Ele não define o que é “índio propriamente dito” ou “suposto índio”, tratamento que dá a Evo.  

Dessa forma, quem jamais ganharia o voto do escritor é Israel Tuyuka Fontes Dutra, o Põrõ, de 48 anos, que fala um português impecável, além das línguas Tuyuka e Tukano, adquiridas na comunidade Mercês, onde nasceu e viveu, no igarapé Cabari, rio Tiquié, no Alto Rio Negro. Ex-seminarista salesiano, tem vários diplomas universitários: licenciatura em matemática (UFAM) e filosofia (PUC-Bsb), mestrado em geografia humana (USP) e em Ciências Sociais (PUC-SP). O último foi em medicina (UEA).

Casado com a enfermeira Maria Leonilda, pai de um menino de 14 anos e de uma menina de 2 anos, Põrõ herdou os conhecimentos médicos dos Kumuã (pajés) – seu pai era um deles - e se apropriou dos saberes da medicina ocidental contemporânea, incorporando as ciências humanas no trato com os pacientes. Colou grau como médico em abril de 2020 e no mesmo dia, às 19h00, já estava dando seu primeiro plantão na UPA do Tarumã, atendendo pacientes com covid-19. 

Llosa se jodió

Na última segunda (15), Israel Tuyuka registrou sua candidatura a governador do Amazonas no TSE e declarou não possuir bens. Não houve evolução patrimonial desde 2004, quando foi candidato a vice-prefeito de São Gabriel da Cachoeira (AM) pelo PT. Portanto, está fora do radar de Vargas Loser, cujo apoio é direcionado aos possuidores de grandes fortunas. Seu discurso deixou minhas irmãs fulas da vida, algumas delas já declararam o voto em Israel.  

Nas eleições no Amazonas, Vargas Llosa votaria no coisificado Wilson Lima que se enquadra no perfil de seus candidatos: foi ele que comprou ventiladores hospitalares a uma adega de vinhos com sobrepreço de 133,67% e foi acusado de crime de improbidade. Seu destino – esperamos – será o mesmo de todos os abraçados por Vargas Loser.

Escritores de talento têm, em geral, consciência política e orientam seus leitores para rejeitarem a iniquidade e a injustiça. Mas existem desonrosas exceções. Vargas Llosa é uma delas. Data vênia, ele é politicamente um inepto.

O jornalista Santiago, personagem do romance Conversación en la Catedral, de Vargas Llosa, logo no primeiro parágrafo pergunta “En qué momento se jodió el Perú” para discutir em 600 páginas o destino trágico do país. Considerando o pé frio do escritor em seu apoio a candidaturas de extrema direita, felizmente derrotadas, redirecionamos a ele a pergunta: “En qué momento se jodió Vargas Llosa?”.

P.S. Não gosto de fofoca não (aqui pra nós, é mentira, nós do bairro de Aparecida, adoramos), por isso não comentei o último casamento de Vargas Llosa que, aos 79 anos, se separou da segunda mulher, sua prima Patrícia Llosa. para se casar com Isabel Preysler, 64 anos, ex-mulher do cantor Júlio Iglesias. Nem mencionei o soco que ele deu no seu amigo Gabriel Garcia Márquez num evento público no México, por ciúme e por distâncias ideológicas e políticas, segundo Angel Esteban e Ana Gallegos da Universidad de Granada no livro “De Gabo a Mário”.

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33 Comentário(s)

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Miguel comentou:
25/08/2022
Pois é, que texto excelente!Penso nessas "celebridades" literárias cuja boa escrita esconde o obscurantismo político. Jorge Luis Borges era outro...
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Betty Mindlin comentou:
24/08/2022
Ótima crônica, caro Bessa, como sempre! Lembremos também como ele acaba com Canudos e Conselheiro em A guerra do fim do mundo!
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Marcelo Chalreo comentou:
24/08/2022
Entre Llosa e Mariátegui, fico com o segundo, este nunca traiu seu povo e sua gente.
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Célia Maria comentou:
22/08/2022
Excelente!! Xô para o "político" Vargas "Lloser". E um viva, em alto e bom som, para Israel Tuyuka
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Fernanda Garcia Camargo comentou:
22/08/2022
Queridíssimo Bessa, que perfeição e claridade. Na ponta da lança: disse tudo! Também não gosto de fofoca não: num evento em 2014 sobre Cortázar, no Instituto Cervantes do Rio, Nélida Piñon, muito amiga de Lloser, também "deu um soco" no Alejo Carpentier, escritor de "Los pasos perdidos". Jogou o nome dele no centro do fogo, em vão. Queria te perguntar: por que foi que Nélida subiu no palco armado naquele dia e recebeu o prêmio da Biblioteca?
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Paula dos Santos comentou:
21/08/2022
Belo texto como campanha para Tuyuka.
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Márcio Pucu comentou:
21/08/2022
Professor Bessa, boa noite, o livre árbitro é um direito de qualquer cidadão nesse nosso planeta, principalmente em se tratando de de opinião sobre o processo eleitoral, entretanto se tratando de Vargas Llosa em relação ao miliciano e Lula, é decepcionante pessoa desse gabarito intelectual pensar desse jeito político. Aproveitando para lembrar sobre a origem do seu nome maranhense Ribamar. Também tem mais dois regionais como Divino muito encontrado em Goiás e parte de Minas Gerais, como também Cícero em grande parte do nordeste. Herança cultural da religião católica do Brasil. Abraço
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Susana Grillo comentou:
21/08/2022
E Viva o Dr. Israel Tuiuka !
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Susana Grillo comentou:
21/08/2022
Bessa, Vargas Llosa é um homem horroroso. Li Conversas na catedral e A Guerra do fim do mundo e mais uns dois ou três. Li quando era jovem e não sei qual impacto teriam hoje. Mas há quinze anos mais ou menos me surpreendo com suas declarações de representante da direita. A Europa não o humanizou, mas despertou sua índole colonialista e elitista. Prefiro Gabriel Garcia Marques com seu Viver para contar que já li duas vezes, Obrigada por trazer essa assombração e com histórico de vida nada edificante. Um grande abraço e Viva o Dia do Historiador!
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Leonardo Carneiro da Cunha comentou:
21/08/2022
Vargas Llosa é extremamente retrógrado e reacionário. Pra lá de conservador, mantém uma posição fascistóide.
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Juliana Pérez G comentou:
21/08/2022
Minha mãe nunca gostou do famoso escritor peruano pela questão política. Realmente é um mistério o funcionamento de uma mente que escreve “La fiesta del chivo” e apoia políticos nefastos da América Latina… Estou na torcida do Israel Tuyuca!!
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Diário do Amazonas d24am. comentou:
21/08/2022
Publicado no https://d24am.com/colunas/taquiprati/por-que-vargas-llosa-nao-vota-no-israel-tuyuka/iário do Amazonas -
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Tania Pacheco comentou:
21/08/2022
Publicado em COMBATE - RACISMO AMBIENTAL - https://racismoambiental.net.br/2022/08/21/por-que-vargas-llosa-nao-vota-no-israel-tuyuka-por-jose-ribamar-bessa-freire/
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Valter Xeu comentou:
21/08/2022
Publicado em PATRIA LATINA http://patrialatina.com.br/por-que-vargas-llosa-nao-vota-no-israel-tuyuka/
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Fred Spinoza (via Facebook) comentou:
21/08/2022
Excelente crônica do Varguitas, assim o chamam seus amigos do colégio militar Leoncio Prado, que retrata muito bem o desprezo do Marques MVL pelos parentes de José María Arguedas.
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Ana Silva comentou:
21/08/2022
Vamos.contar com a sua fama de pé frio para derrotar o coiso, o Bozo e sua corja de canalhas. Viva o Bessa e suas linhas precisas e certeiras.
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Cristina Oliveira comentou:
21/08/2022
Excelente artigo. Vargas Llosa tem se colocado de forma absurda em relação a muitas e importantes questões da América Latina
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rodrigo martins comentou:
21/08/2022
Que o Loser continue apoiando o bozo na eleição e se o Brasil chegar na final da Copa do Mundo que ele apoie o nosso futuro adversário na final. Ele é mais pé frio que o Mick Jagger o senhor tem toda a razão kkkk Eu não sou do bairro de Aparecida, mas também aprecio fofocas, para mim, são elas que fazem o mundo rodar. Estou na torcida para o Israel Tukuya seja eleito governador no Amazonas e por falar em eleição, estou ansioso para votar logo o dia 2/10 na urna eletrônica e exercer esse bonito gesto democrático, vou acordar cedinho e ser o primeiro a votar. Que seja uma eleição sem brigas nas ruas e que certos candidatos negacionistas aceitem uma possível derrota nas urnas e não tentem polemizar. Um abraço querido professor
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Marly Cuesta comentou:
20/08/2022
Meu caro mestre José Bessa , pois ele que continue apoiando o #coiso #InsanoNoPoder Pramim quem apoia o consórcio, coiso é! Todo apoio para nosso parente guerreiro, Israel Tuyuka!!!Força, fé e luz,
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Mari Weigert & Delayne comentou:
20/08/2022
Sabia que Losa era direita, mas não o imaginei tão radical, além de pé frio. Como é que pode? É um babaca.Que decepção. Gostei das fofocas. Arrasou Bessa!
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Manu Rebollo comentou:
20/08/2022
Adorei o texto. Tomara que Llosa continue o apoiando muito. Estão indo muito bem os dois
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José Carlos L. comentou:
20/08/2022
Gosto muito de ler os livros do autor Sr Vargas, O sonho do Celta é muito interessante. Pena que como pessoa seja um escroto babaca.
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Welton Diego Lavareda comentou:
20/08/2022
Adorei o texto e concordo com a tua posição. Parabéns! Ah,também sou fofoqueiro huahua Boa noite ? Abração
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Pedro Libanio comentou:
20/08/2022
Vargas llosa terminou no Irajá
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Gleice Antônia comentou:
20/08/2022
A-do-rei!!! Eu voto no Tuyuka
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Celeste Correa comentou:
20/08/2022
Mano, neste momento delicado e tenso da política brasileira, com as chamadas fake news correndo soltas nas redes sociais, quando eu leio alguma notícia, logo procuro ver a fonte para melhor me informar. E hoje eu leio aqui no Taquiprati que o Prêmio Nobel de Literatura, Vargas Llosa, em entrevista para a FSP, manifestou o seu apoio ao Coiso neste momento decisivo de luta contra o fascismo. Não estou aqui questionando as suas opções ideológicas, pois cada um tem a sua visão de mundo e a liberdade política para manifestá-las. Estou surpresa com os seus argumentos utilizados para justificar o seu apoio: diz torcer para que não elejam de novo Lula, alegando que ele está muito associado à corrupção. Isso pra mim é desonestidade intelectual. Com essa declaração Vargas Llosa perdeu feio do lado errado. É claro que ele não votaria de forma alguma no Israel Tuvuka se fosse um eleitor amazonense. Mas, quer saber, apesar de dizerem que na política todo apoio é bem-vindo, eu, no lugar do Israel Tuyuka abominaria ser apoiado pelo escritor. Parafraseando o querido Darcy Ribeiro, eu detestaria ser apoiado por quem se perdeu! Aqui das Minas Gerais, mesmo não podendo votar para o governo do Amazonas, eu faço campanha e peço votos para o Israel Tuvuka. Que o nosso Amazonas faça essa boa escolha no dia 2 de outubro
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Bete Buralla comentou:
20/08/2022
Ótimo texto, muito esclarecedor sobre o Israel Tuyuka, mas pouco sobre o velho escritor reaça. Já sabemos de quem se trata.
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FELIPE JOSE LINDOSO comentou:
20/08/2022
Babá, e você se esqueceu que, como crítico literário, ele esculhambou o José Maria Arguedas, um dos granes escritores peruanos. E o xingou de, pasme", índio. O FDP MVLl só estima mesmo escritores franceses mortos há mais de século, como Flaubert.. Dito seja que também gosto do Flaubert, mas sou mais Balzac... Pé frio é pouco pra ele...
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David Albagli Gorodicht comentou:
20/08/2022
Caríssimo Bessa Vamos divulgar o Poró Parabéns, uma vez mais, pelo teu texto
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Eder Santos comentou:
20/08/2022
Estimadíssimo Dr. Bessa! Que alegria ler o crítico, profundo e humorado texto em perspectiva decolonial de afirmação positiva da imagem do ameríndio! Pra cima deles! Viva Dr. Israel Tuyuka!
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Luiz Pucú comentou:
20/08/2022
Meu bom amigo...eu também sinto essa vontade de bofetear o cabra que cometeu um crime: traiu a própria escrita. Te abraço
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Roberto Sá Gomes comentou:
20/08/2022
Quando precisar de alguma das suas colunas publicadas mande a data que forneço para você. Tenho todas suas editadas, em meu arquivo . Beto Blue Birds.
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José Marajó Varela comentou:
20/08/2022
José Bessa Vargas Llosa foi um romancista peruano que morreu e virou assombração de museu colonial.
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