CRÔNICAS

Somos o lugar onde nascemos: Manaus Radiant

Em: 30 de Janeiro de 2025 Visualizações: 1178
Somos o lugar onde nascemos: Manaus Radiant

Para o querido poetinha Aldísio e a Margarida em seu castelo

“Mestre Machado de Assis afirmou que somos o lugar onde nascemos”. (Tenório Telles. 2024)

Peço permissão ao poeta pernambucano Félix Athayde (1932-1995), com quem trabalhei no jornal O Paiz, para parodiar esses versos do seu poema machadiano dedicado a Olinda, sua cidade natal:

Quando eu quero Manaus / não é lá que eu vou,

busco-a em mim mesmo, / onde Manaus eu sou.

Ficamos assim combinados: sou Manaus, por isso meu corpo, outrora sadio, está se desintegrando. Lá nasci cercado por igarapés, antes centros de lazer, hoje esgotos a céu aberto. Mangueiras, ingazeiras e benjaminzeiros, que davam sombra e ar puro, foram decepados por prefeitos e edis arboricidas, o que não evitou engarrafamentos, mas aumentou a poluição e o calor infernal. O patrimônio histórico, ecológico e afetivo foi sendo demolido. Os bairros novos da periferia cresceram sem qualquer planejamento, instaurando o caos urbano.

Corpo em decomposição: desmatamento e queimadas na floresta do entorno produziram recentemente um fumacê durante semanas, que asfixiou a cidade que eu sou, degradou a paisagem, adulterou cheiros, sons, cores e sabores, aumentando o número de doentes. Quem relata tal catástrofe é a pesquisadora Margarida Campos – ela também é Manaus -  em seu livro “Estação Radiant: Uma viagem por Manaus nos ônibus de madeira: anos finais da década de 1940 a 1960”:

- A cidade já foi bonita, cheirosa e atraente, antes de ser transformada nesse acampamento caótico e incontrolável que é hoje – escreveu, observando que a saúde e a qualidade de vida foram prejudicadas pelas inovações e mudanças da desordem e do progresso. Ela entende do riscado.  

Apareceu a Margarida

Pós-graduada em saúde comunitária pela UFBA e pela USP, a enfermeira Margarida dedicou sua vida à saúde física e mental dos moradores de Manaus. Lutou pela criação da carreira de sanitarista no Amazonas, coordenou o Planejamento da Secretaria de Saúde e dirigiu o Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro, além de exercer docência nas faculdades de medicina da UFAM e da UEA. É deste lugar de fala que ela registra a precariedade do saneamento básico em “uma cidade pelada, sufocante e embrutecida”.

Sem mencionar os critérios usados, a revista britânica The Economist divulgou há dias que “Manaus é uma das melhores cidades para viver na América Latina em 2025”. Melhor para quem, cara pálida? Metade da população vive em favelas, sem esgoto. Melhor para empresários em busca do lucro fácil? A afirmação beira o cinismo, equivale a dizer que Trump é o presidente mais democrata do mundo, como postado no Instagram por um professor aposentado da UFAM, apaixonado pelo “DNA da democracia” yankee.

Foi aí que apareceu a Margarida, autora do livro que acabo de ler:

- Manaus está entre os dez piores municípios do Brasil no setor de saneamento, com a cobertura inferior a 10% - escreveu, apoiada em dados do Ministério das Cidades em seu recente Relatório sobre a Situação do Saneamento do país.

A autora, “mulher negra e pobre”, foi definida por Aldísio Filgueiras como “uma profissional que não compra vacina em casas de vinho” e que “vê a sua cidade de dentro do ônibus, pela janela, como se estivesse filmando os acontecimentos e os personagens com olhar seletivo, por isso mesmo crítico”.

É uma referência ao pai da pesquisadora, João Damasceno dos Santos, um marceneiro que, no final dos anos 1940, começou a construir em sua oficina carrocerias de madeira para ônibus, lotações e camionetes sobre chassi de caminhões para enfrentar o colapso dos bondes, que gerou a crise no transporte público de Manaus.  

O bonde: dlém dlém

Dez anos antes, esse “negro alto, elegante, de feições afiladas, faceiro e sedutor”, conheceu Lola, entendida em ervas medicinais e grande contadora de histórias, em um baile no “Onze Brilhantes” – clube popular do bairro da Cachoeirinha. Dançaram. Foi amor à primeira vista. Juntaram os trapos no final dos anos 1930 e tiveram cinco filhos: dois homens e três mulheres, entre elas, a autora.

Centenas de fotos e um texto fluente ancorado em dados convidam o leitor a passear por seus nove capítulos, cada um denominado “estação”. O que era a história da família se tornou história da cidade. Afinal, cada membro de sua família também é Manaus.

A viagem de ônibus, entre uma estação e outra, ocupa suas 560 páginas através do espaço e do tempo e permite conhecer a Manaus antiga.  O seu trajeto inicia com prefácios de três escritores: Tenório Telles, Aldísio Filgueiras e David Pennington. E termina com o posfácio de Etelvina Garcia. Tudo biscoito fino, meu caro Oswald.

Durante três dias viajei por essas páginas que fizeram cafuné nas minhas lembranças e reavivaram minhas recordações. A história do bonde, cujo som é evocado por Margarida, me fez lembrar a marchinha de Herivelto Martins tocada na Rádio Baré na voz da dupla sertaneja Alvarenga & Ranchinho:

Seu condutor, dlém, dlém (bis)

Para o bonde pra descer o meu amor.

O condutor parou. Dona Lola desceu. Subimos com ela no ônibus Radiant construído por Damasceno. Nele viajamos sobre o asfalto que cobriu os trilhos para esconder a memória resgatada agora por Margarida: lembranças da molecada pendurada no estribo, “morcegando” – subindo e descendo em movimento para fugir do cobrador, a fabricação de cerol com vidro triturado nos trilhos para a linha de empinar papagaio e os anúncios do bonde: Maizena, Biotônico Fontoura, Pílulas de vida do dr. Ross.

As estações

Essa foi a primeira estação - a Manáos Tramways and Light Company que, em 1909, assumiu a operação dos bondes e o fornecimento de energia elétrica e, dois anos depois, enfrentou uma greve de seus trabalhadores. O jornal Vida Operária denunciou a empresa como “um antro de ruínas, que ameaça a vida de dezenas de operários e da população, uma hydra que asfixia o povo e as rendas do Estado”.

Asfixiou mesmo. Depois de sugar o sangue amazonense, a Manáos Tramways devolveu, em 1949, a concessão de bondes ao Estado com sua frota já obsoleta. A alternativa local foi artesanal, com a construção de carrocerias de ônibus dotados de nomes sugestivos. Porto de lenha, felizmente tu nunca serás Liverpool. Cara sardenta e olhos azuis? Jamais de la vie.

Um capítulo foca o trabalho de Damasceno na oficina com detalhes da compra de madeira.  Percorremos com ele as madeireiras. A autora se detém na Serraria Pereira para rememorar o caso Delmo, filho do dono que, em 1952, matou duas pessoas e foi assassinado por motoristas de táxi em crimes que abalaram a cidade. Discorre sobre a serragem usada para fabricar os Judas na Semana Santa e mergulha na cultural popular: a malhação do Judas e a prática do “serra-velho”.

De estação em estação, o nosso ônibus dá umas paradinhas para registrar brincadeiras de criança e cantigas de roda, com tempo para ouvir as histórias fantásticas de dona Lola e a crônica do dia na voz de Josué Cláudio de Souza em plena era de ouro do rádio. Revela também o que ocorria dentro do ônibus, onde havia “um clima psicológico próprio para o estabelecimento das relações humanas”. No meio de um solavanco e outro, ouvimos conversas entre passageiros e até o surgimento de namoro, quando rolava um clima.

Inventário de saudades

O ônibus vai atravessando o tempo. Nós, passageiros, da janela olhamos as batalhas de confete na avenida Eduardo Ribeiro, os bailes nos clubes populares, o desfile da escola de samba da praça XIV. Em uma parada, descemos para matar a sede com guaraná Tuxaua, Magistral, Baré ou Luseia, o resto era prosopopeia.

O ônibus avança no tempo. Contemplamos as festas juninas, as adivinhações, os compadres de fogueira, os suspiros dos Cantores de Ébano entoando “oi leva eu minha saudade”:

- Na noite de São João, no terreiro uma bacia, que é pra ver se para o ano nosso amor ainda vivia.   

O amor de Damasceno e Lola viveu longos anos. Em outra estação, ao lado do casal, admiramos o Festival Folclórico na praça general Osório, que era pública e foi privatizada na ditadura pelo quartel do Exército. Em algumas páginas, assistimos o desfile dos diferentes bois-bumbá e o resumo da história que contam. De dentro do ônibus, ouvimos brincantes do Corre Campo:

- Pisei, pisei, pisei / pisei torno a pisar / pisei Mina de Ouro / Na esquina do Boulevard.

O inventário das saudades é feito em cada parada: Aeroporto de Ponta Pelada, Iapetec, o Aviaquário da Praça da Matriz, Praça da Saudade com caramanchões de bougainvilles, Maloca dos Barés, o Mercadão com vitrais e arquitetura de ferro inspirado no Les Halles de Paris e construído no período áureo da borracha, os cinemas, o Teatro da Divina Providência, vovô Branco no Teatro Amazonas, Oscarino e o boneco Peteleco divertindo a meninada nas ruas, o Batuque da Mãe Joana, quermesses, restaurantes, padarias portuguesas, bancas de tacacá - centro de fofoca sadia (nem sempre).

Cada estação é recheada de detalhes. Um capítulo à parte são os igarapés saudáveis e límpidos, com banhos no fim de semana. Meu irmão morreu afogado em um deles – o Mindu – mas foi em suas águas que aprendi a nadar. A linha do ônibus de madeira chega até o Parque Dez, inaugurado em 1943 por Antóvila Mourão Vieira, cujo jingle lembrei:

- Povo, povo, povo, o senador do povo, oi (bis)

Antóvila Mourão Vieira no Amazonas tudo novo.

Era uma paródia da cantiga de roda: “Fogo, fogo, fogo, fogo de abrasar”.

Um tour melancólico

Que fogo abrasador.  À medida que avança no tempo, o tour se torna melancólico: no centro da cidade, se depara com escombros e cinzas. Os paralelepípedos de lioz importados de Portugal foram cobertos por asfalto. Prédios públicos, casas residenciais e bangalôs com fachadas de azulejos lusos foram derrubados e substituídos por edifícios de gosto duvidoso:

- “Nada escapou ao processo predatório: praças, jardins, monumentos, chafarizes, vias, palacetes que proliferaram no boom da borracha foram demolidos ou desfigurados” – diz Margarida.

O ônibus trafega pela periferia, os novos bairros estão cercados por favelas “transformadas em espaços devastados de vegetação, sufocante, com esgoto a céu aberto, sem coleta e destino final do lixo”. O Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (PROSAMIM), de nome pomposo e alto custo, não fez saneamento algum, só aterrou igarapés, aumentando o desastre ecológico e “a destruição irreversível desses mananciais transformados em canais receptores de esgotos”.

Os defensores dessas transformações chamam isso de “progresso”, mas para Margarida o progresso é exatamente o contrário. A verdadeira civilização “preserva o belo, a natureza, a cultura, a história, os saberes e as referências tradicionais”.

- Então o mundo antigo era melhor? – a autora se pergunta. Assume que não é maniqueísta e sabe que o assunto é complexo, consciente da crítica do poeta espanhol Jorge Manrique que, no século XV, versejou: “Cómo, a nuestro parecer, cualquiera tiempo passado fue mejor”. No entanto, ela reconhece que as boas lembranças do passado lhe trouxeram vida e inspiração em meio a desolação do mundo atual.

O livro traz esse passado para o presente como “uma forma de oposição e denúncia da destruição da história, tradições, cultura e do espaço de vivências”. A viagem na contramão dessa tendência estimula “o sentimento pela reconstrução, restauração e preservação do espaço social e histórico da cidade, valorizando as vivencias saudáveis e civilizadas da Manaus que o vento levou”. A autora nutre a esperança de que os manauenses se reconheçam no processo histórico de sua cidade e participem do esforço para reinventá-la.

Marcas dos passos

A autora entrevistou construtores e proprietários de ônibus ou suas famílias, motoristas, cobradores, passageiros e a si mesma, já que é ao mesmo tempo informante e narradora. Trabalhou com fontes primárias e informais de memória oral, consultou fontes secundárias, bibliográficas, documentais e de mídia impressa e digital, jornais, blogs como do inesquecível Rogélio Casado, além de fontes secundárias como obras de Djalma Batista, Jefferson Peres, Márcio Souza, Luiz Ruas, Bradford Burns, Etelvina Garcia, Leyla Leong, entre outros.

Dessa forma, conseguiu elaborar tabelas com a lista dos ônibus, de seus proprietários e até das marcas dos chassis. Foi uma “coleta penosa e incompleta” devido à raridade de fontes primárias e da fragilidade da memória dos informantes – ela sinaliza.

- A narrativa se distancia de certo memorialismo nostálgico – avalia Aldisio. Efetivamente, Margarida não chora sobre as cinzas do passado, ela sopra a brasa para ativar a memória. Parece seguir a recomendação do socialista Jean Jaurés, para quem “preservar a tradição não é conservar as cinzas, é soprar a brasa para garantir que o fogo permaneça aceso”.

O poeta amazonense Ernesto Penafort (1936-1992), que lutou contra a ditadura, escreveu esses versos sobre a memória da resistência:

Dos passos que foram dados, nem marcas restam no chão.

E dos seus sonhos alados? Nem as asas restarão,

pois foram todos sonhados no espaço de um porão.

O livro de Margarida é uma tentativa arqueológica de cavar o chão para buscar debaixo dos trilhos e dos paralelepípedos as marcas escondidas dos passos que foram dados por Damasceno, falecido em 1977, por dona Lola, em 2010 e por aqueles da nossa geração que ainda sobrevivem. Ela conseguiu.

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29 Comentário(s)

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Pablo Yuri Raiol Santana comentou:
04/02/2025
Que primor de texto Mestre José Bessa !!! obrigado querida amiga Vera Nilce Cordeiro Correa pela “prenda” que foi essa “partilha” do texto do Mestre acima!!! Admiro seu trabalho professor, apresentado a ele que fui por meu pai médico, escritor e professor José Maria de Castro Santana. Sabes Mestre Bessa que traduziste bem como nós Amazônidas expatriados (eu desde 2013) é assim que me sinto cada vez que volto (e eu já não volto desde 2017) a Manaus, busco a Manaus de outrora, ainda vejo uma ou outra ilhota de vida, de resistencia baqueada mas resistente que nao tombou no caminho perdida no tempo….mas decepadas pela sanha ultraliberal que odeia o verde e tudo que é frutífero…. Primor de texto. Irei adquirir o livro e saborear as suas páginas quando no Brasil estiver em junho próximo. Sem sombra de dúvidas. Abraços desse lado do oceano atlântico querida Vera e querido Bessa!!!
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Vera Nilce Cordeiro Correa (via FB) comentou:
03/02/2025
olhem que crônica interessante sobre um livro que fala de nossa taba.Bessa , que maravilha de crônica! Obrigada por postar aqui. Me lembrei que meu pai uma vez comprou um desses ônibus de nome Curió ,ficou pouco tempo com ele pois viu que não era do ramo, mas enquanto teve fizemos bons passeios nele rsss. Quero comprar esse livro. Onde encontrar? Pode me dizer?
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Muriel Saragoussi comentou:
03/02/2025
Eu diria que também somos o lugar que escolhemos para viver, em escolha livre e informada, sempre que mergulhemos na vida local em não nos fechemos em bolhas que recriem espaços alienígenas. Assim em nós (con)vivem fatalidade (nascimento) e escolha (vida), forjando caráter. Filha de imigrantes forçados a deixar seus locais de nascimento, que souberam escolher se transformar no país que os acolheu, aprendi de cedo que é a integração e o transformar que faz com que a civilização avance. Sou filha da diversidade e sou filha adotiva desta Manaus que amo.
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Marilza De Melo Foucher comentou:
02/02/2025
Para o querido mano José Bessa que homenageia com uma bela crônica o nosso querido poeta amigo Aldisio Filgueiras Deambulações urbanas Marilza de Melo Foucher. / Deambulo sem pressa pelas ruas,/ Busco nos rastos do passado /Meu território de saudades... / Cidade emergida das águas, /A Capital mestiça de encantos. / Hoje, fragmentos de lembranças, Outdoors encobrem tua memória,/ O passado some nas esquinas... / Eu, transeunte perdida... / Busco-te nessa malha urbana./ Manaus cadê tua cara humana? / A esquina do fuxico se calou... / A solidão social se instalou./ O progresso te devorou? / Minha cidade se desfigurou,/ O sino da matriz se calou.../ Piso na sombra de meus passos / É meio dia: Final de percurso... /
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Valter Xeu comentou:
01/02/2025
Publicado em PATRIA LATINA - https://patrialatina.com.br/somos-o-lugar-onde-nascemos-manaus-radiant/
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Anne Marie Milon Oliveira (FB) comentou:
01/02/2025
Anne Marie Milon Oliveira Não poderia dizer algo parecido, amigo Bessa, falando do lugar onde nasci :uma cidade da periferia de Paris onde minha mãe, me teve num hospital da Cruz Vermelha cujo grande atrativo era que dava um enxoval a cada recém nascido. Nasci um mês e meio depois do fim da segunda guerra mundial e a pobreza era grande. Me criei na França e aos 24 anos casei com um sergipano. Era francesa e me fiz brasileira, nordestina. Sou tudo isso e é para mim um privilégio imenso.
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Herman Marinho comentou:
01/02/2025
Debaixo de cada paralelepípedo, de cada pedra q calçava as ruas da Manaus q brinquei descalço , em volta das igaçabas dormem nossas histórias q ainda resistem nas memórias e parte delas nas linhas de bonde e do livro da Margarida e em seus escritos tbm, Bessa.
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Luiza Helena Martins comentou:
01/02/2025
É sempre bom ler o que você nos dá de presente, mestre Bessa!
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Poty Rodrigues comentou:
01/02/2025
Joao Pinduca Rodrigues, será que a Margarida, é a que foi lá na lobo d'almada e pediu fotos dessa época? Ela me falou de um livro, porém nunca mais voltou para deixar o convite do lançamento
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Fred Spinoza comentou:
01/02/2025
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Osiris Silva comentou:
01/02/2025
Manaus, porém já foi uma cidade civilizada. Fotos antigas comprovam.
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João Rodrigues Pinduca comentou:
01/02/2025
Terezinha De Jesus Soares, não, não. perguntei do Babá,. ele disse que era na Ferreira Pena esquina com Tarumã, está lá no livro da Margarida. .Lá eu comprava cascalho, agora lembro.
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Terezinha De Jesus Soares comentou:
01/02/2025
Seriam esses ônibus construidos ali na rua Emílio Moreira, na Praca 14 de Janeiro? Joao Pinduca Rodrigues
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Carlos Gustavo Sarmet Moreira Smiderle comentou:
31/01/2025
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Haroldo Guimarães comentou:
31/01/2025
Agora fiquei curioso. Sou ex-aluno da UFAM. Gostaria de saber: Quem é o professor aposentado da UFAM, apaixonado pelo “DNA da democracia” yankee e pelo Trump? Procurei a postagem no Instagram e não encontrei. Queria saber se eu fui aluno dele. Infelizes os alunos que foram obrigados a assistir aulas dessa anta.
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Felix Valois comentou:
31/01/2025
Margarida e Aldísio bem merecem esse registro. Bessa impecável, como sempre
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Cristina Portella (via FB) comentou:
31/01/2025
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Gelta Terezinha Xavier comentou:
31/01/2025
Belíssimo texto! Memória e crítica!
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Rosangela Melo (via FB) comentou:
31/01/2025
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Tenório Telles comentou:
31/01/2025
Professor, parabéns. O texto ficou poético e resume o percurso do livro. O senhor tem um apetite pantagruélico com as palavras. Rs.
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Carlos Fábio Alencar comentou:
31/01/2025
Taí! Fiquei com vontade de ler este livro!
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Ângela Maria (Dile) comentou:
31/01/2025
Mano, muito bom, eu publiquei no Facebook , no grupo Manaus de Antigamente
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Márcio Pucú comentou:
31/01/2025
Caramba professor, hoje que estou um pouco saudosista, cheguei até entrar e sentar em um banco hoje no Passeio Público, aqui no Rio, lembrando quando sentei no banco em 1968, e agora, lendo seu texto sobre a nossa Manaus onde vivemos a pureza da infância, que já naquela época nos deixou na pele a marca da falta de saneamento, mas resistimos até agora mesmo com as partilhas de freio desgastadas e caixa de marcha comprometidas pelo longo percurso de uso, nos mexe das nossas boas lembranças dos banhos de igarapé e inúmeras peraltices de nossa infância. Parabéns
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Pinducão - João Rodrigues comentou:
30/01/2025
Obrigado pela resposta ao meu comentário anterior. Agora, eu lembro bem, fiquei feliz agora, o sr. João Rodrigues era meu avô, mas quem tomava conta era meu tio José Rodrigues. Eu tava pensando em encontrar mais dados sobre a pequena empresa familiar nossa. Um detalhe: você deve postar no face, queria saber se tenho permissão pra postar isso.
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Pinducão - João Rodrigues comentou:
30/01/2025
Caro Babá, maravilhoso, me fez voltar ao tempo de menino, aquele ônibus que tem à esquerda do Radiant, feito pelo Damasceno, que eu conheci, se eu não me engano esse ônibus da Viação Manaus era da minha família, eu vi fotos de ônibus na minha casa da enchente de 1953. Li teu artigo, como sempre adorei, me fez voltar ao passado. Conheci sim seu Damasceno, sei que ele fazia ônibus, eu era pequeno, mas quando a gente ia pro banho, passávamos lá pra conversar com ele, meus tios eram amigos dele. Os velhos da minha familia, todos, já morreram,. Eu cheguei a ser cobrador nesse ônibus. Agora o Radiant era mais famoso do que a Viação Manaus. Quanto aos bondes, passavam na porta de casa, lá na Cachoeirinha, onde eu nasci. Eu botava vidro no trilho pra fazer cerol, só que tinha motorneiro, que pegava aquelas lanças e eles tiravam os vidros do trilho, aí a molecada ficava puto, a gente passava graxa no trilho do bonde pra ver ele patinar.
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Taquiprati comentou:
30/01/2025
Pinducão, você não se engana não. No livro (Tabela 1, pg. 116) aparece Viação Manaus, marca do chassis "Internacional", Proprietário: sr. João Rodrigues (Rua Lobo D´Almada).
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Alôncio Oliveira comentou:
30/01/2025
Sensacional. Excelente cronica que resgata, por meio da historia de nossa cidade, o que fomos e o quanto maus gestores a maltrataram. Ainda assim temos orgulho da nossa querida Manaus. Obrigado professor José Bessa. Grande abraco.
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Margarida Campos comentou:
30/01/2025
Quanto a resenha do livro, Babá impossível ser melhor. Estou contentíssima, está irretocável, você não tem ideia do tamanho da alegria, importância e conforto desse presente neste momento tão difícil para mim e Aldisio. Muito obrigada MESTRE (em maiuscúlo) que é o que você é, na artesania das letras, como era Damasceno, na artesania da madeira.
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Celeste Bessa Correia comentou:
30/01/2025
E verdade, mano, eu também sou Manaus, embora há muito tempo morando aqui em Minas. E já estou com muita vontade de ler o livro da Margarida para dar um passeio pelas memórias da minha infância.Quero relembrar aquela Manaus que já não reconheço mais e que, historicamente vem sofrendo maus tratos, o que torna a cidade um lugar com uma baixa qualidade de vida, infelizmente!
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