CRÔNICAS

Doña Aurélia, a última sogra (en Español)

Em: 13 de Janeiro de 2013 Visualizações: 105123
Doña Aurélia, a última sogra (en Español)

 

Cuando la muerte me lleve / por sus caminos de sombra...
 (Los Chalchaleros)
 
- Cómo se humanizan los animales!
Ouvi essa frase milhares de vezes, mas a primeira foi numa ensolarada manhã de abril. Lembro ter sido em abril porque o jornal brasileiro que forrava o piso da gaiola, que doña Aurélia limpava, exibia manchete sobre a Revolução dos Cravos em Portugal. Lá dentro, pisando uma foto de Grândola, vila morena, reinava todo empavonado “Itamar” - uma cacatua cujo penacho amarelo parecia com o penteado do ex-presidente da república. Com seu bico encurvado, levantou a crista, eriçou as penas e deu uma beliscada suave e amorosa na mão que lhe dava ração, água e asseio. Era uma forma de agradecimento. Foi aí que a dona das mãos, inspirada, criou a frase histórica:
 - Cómo se humanizan los animales!
Ela pronunciava “humaniçam”, com cedilha, mas “Itamar”, por supuesto, entendia, pois aprendera espanhol por imersão. A frase era repetida cada vez que o pássaro fazia alguma gracinha – foram muitas, incontáveis vezes. Nesses momentos, ele encontrava formas de demonstrar que estava enamorado, apaixonado por aquelas mãos que adentravam seu território, trazendo água fresca, alimento, afeto, vida.
Todas as manhãs, durante anos, cumpriram religiosamente, impajaritablemente, o mesmo ritual, com trocas de assovios, cantos, carinhos, beliscos e afagos. Nunca o uso do impajaritable foi tão apropriado como aqui. O pássaro, inteligente, alegre e brincalhão, aprendeu até a abrir a porta da gaiola para espanto de todos, menos de doña Aurélia, que não cansava de repetir o mantra cheio de energia e sonoridade:
- Como se humanizan los animales!
De tanto ouvi-la, acabei lhe dando razão! Considerando que o ser humano é um namorador inveterado, que abre portas e janelas para se comunicar com o outro, se um animal faz tudo isso é porque adquiriu, indubitavelmente, a humanidade. Nisso acreditava piamente doña Aurélia, autora da frase, uma criação própria, original, dela mesma, não copiou de ninguém, tirou de suas observações sobre o comportamento dos animais – foram muitos – com os quais conviveu nos seus 95 anos de existência.
Frase memorável
Todo mundo na vida é autor de, pelo menos, uma frase de efeito, literária, filosófica ou histórica, que merece ser gravada em placa de bronze para a posteridade, incluindo pessoas anônimas, comuns, e não apenas escritores, políticos, filósofos. Shakespeare criou “to be or not to be, that is the question”. Antonio Machado nos deu “caminante no hay camino, se hace camino al andar”. Dom Pedro I, em tom solene, decidiu: “Diga ao povo que fico”. A frase memorável de doña Aurélia, uma pacata dona de casa, foi essa que humaniza inapelavelmente os animais.
Podia ter sido outra. Seria correto se ela se apropriasse, por exemplo, da já citada frase de D. Pedro I. Foi quando visitou a filha recém-casada. A filha, única. Ela, viúva. Chegou de mansinho assim como quem não quer nada, e foi ficando... ficando... ficando... e ficou... “para o bem de todos e felicidade geral da nação”. Ficou mais de quarenta anos, durante os quais moramos debaixo do mesmo teto, com curtos intervalos de tempo, em diferentes cidades e países – Lima, Paris, Manaus, Niterói e até umas férias em Imperia, na Liguria, berço de seu pai italiano. Convivemos numa relação de sogra e genro, o que - convenhamos - tem algo de heróico. Para ambos.
Por isso, não me surpreenderia se, em co-autoria com Shakespeare, ela manifestasse suas dúvidas: “To be or not to be mother-in-law?”. Essa é a questão. Te coloca no lugar dela, leitora! Quem, sendo mãe de filha única, aceitaria um genro hipponga, cabeludo, comunistóide, que veio sem o manual de instrução, que não tinha sequer passaporte e nem onde cair morto? Posto que o exilado está sozinho no país que o recebe, de qual buraco havia saído aquele “sem família”? A resistência inicial de doña Aurélia é, portanto, compreensível.
Tanta compreensão não me leva, no entanto, ao exagero de escrever aqui que ela foi minha segunda mãe, embora admita que só mãe é capaz de adivinhar o que a gente quer comer. E ela acertava. Sempre. Preparava um aji de gallina tão saboroso que nem o militante mais radical do PSOL botava defeito. Um velho comunista, Euclides, meu amigo de exílio, chegou a comer o delicioso cebiche feito por ela e esqueceu a revolução por algumas horas em que permaneceu jiboiando, em estado catatônico. “Se temos no Brasil peixe, limão, pimenta, milho, batata doce, cebola, porque não fomos nós os inventores do cebiche?” – lamentava-se ele, inconformado com o fato de o cebiche não ser brasileiro.
De qualquer forma, ainda que grato aos dotes culinários, me nego a usar aqui o termo ‘segunda mãe’, não porque seu proverbial ronco, à noite, não fosse um suave ronco materno – era um ronco de sogra - mas porque no presente contexto soaria como demagogia post-mortem. No entanto, se o usasse, não estaria de todo errado, seja lá o que isso signifique, para o bem e para o mal. Em contrapartida, não vou reforçar imagens estereotipadas, “folclóricas” e “clássicas”, dizendo que ela era uma jararaca peçonhenta, como qualquer sogra de piada, porque não era, embora os valores dela e os meus fossem diametralmente opostos.
Nem todos. Havia um momento em que rezávamos pela mesma cartilha, era quando eu me colocava de joelhos diante de um seco de cordero, de um cabrito en leche a la norteña, de um arroz chaufa, que ela preparava com condimentos e temperos trazidos de Lima. Seu tacu-tacu e sua sopa de feijão eram imbatíveis. A longa lista cobria diferentes regiões do Peru: causa limeña, ocopa arequipeña, papa a la huancayna, tamales de Supe, pepian de pavo de Huacho. Um dia, meu primo Djewry Power lacrimejou e subiu nas paredes, quando compartilhou comigo um rocoto relleno feito por ela. Foi aí que comprovou o ditado: "Não tem pescoço francês de peruano que aguente".
Língua de sogra
Modéstia à parte, este locutor que vos fala, hoje, é um expert na variadíssima culinária peruana, graças à Lela, como era chamada na família de quem herdou tal saber. Meu entusiasmo por seus quitutes era tão sincero que deixou minha mãe, dona Elisa, profundamente enciumada, por não entender que a língua do biculinário pode degustar duas gastronomias como a língua do bilíngue maneja dois idiomas: alternando o uso, mas mantendo sempre lealdade à língua de origem.
Lela me pegou, como a cacatua, pela boca. Confesso que foi uma rendição incondicional. Depus as armas. Bandeira branca, amor! Culinária não tem ideologia. Portanto, a César o que é de César. Mas, se ela não é mãe e tampouco jararaca, então é o quê?
Se eu fosse inglês, ela seria mãe apenas no plano legal: mother-in-law, mas sem direito a qualquer demonstração de afeto, como o alemão que, formal, também mete a mãe no meio - digo, no fim - quando chama sua sogra de schwiegermutter, um palavrão que assusta. Já o francês é cheio de rapapé, sua mãe pode até ser feia, mas sogra é sempre belle-mère, não sabemos se por diplomacia, hipocrisia ou fina ironia. Quem alopra mesmo é o bielo-russo, cuja língua não tem papas e, com franqueza assaz atroz, denomina sogra de storvo. No idioma de Lela, sogra não é mãe coisa nenhuma, é apenas suegra, mas o genro - o yerno – é, paradoxalmente, hijo político, ou seja, um filho sem mãe ou um filho da mãe.
Diante do exposto, ficamos assim combinados: por ser seu hijo político, eu acabei me tornando um filho da mãe, que não era ela, com quem tenho outra dívida, além da culinária. É que graças à sua presença, aprendi a conviver com bichos, a entender a linguagem deles. Foram muitos: cacatua, canário, papagaio, tartaruga, gato, cachorro, uma fauna variada que passou a viver dentro de casa, trazida por ela ou pela neta, a quem ensinou a amá-los.
Começou, para não assustar, com um canarinho – o Tadeu, que entoava um canto metralha e que era alimentado a pão-de-ló como se fosse um hijo político: alpiste, biscoitinho, alface, fruta fresca, pão molhado no leite e iguarias mil. Esse safadinho também se “humaniçou” rapidamente, porque é sabido que nos humanizamos através da degustação. Depois vieram outros, a casa vivia sempre lotada de várias espécies de animais de estimação, de quem passei a gostar e em quem encontrei parte de minha humanidade sequestrada. Todos eles ficaram carecas de ouvir:
- Cómo se humanizan los animales!
 Anunciada várias vezes ao dia, com certo estardalhaço, a frase era saboreada por ela, sempre, como se fosse o “o” do borogodó. Cada vez que a repetia, parecia que estava descobrindo a pólvora ou fundando uma nova escola de filosofia. Os animais se humanizavam até nos ditados guardados nos fiapos de memória preservada pelos cuidados do geriatra Norberto Boechat e pelos desvelos de enfermeira da Paulina Ayma. “El último mono se ahoga” dizia à neta que demorava em sentar-se à mesa para almoçar ou “Estás buscando tres pies al gato, sabiendo que tiene cuatro”, usado para quem discutia sem argumento.
Na relação da humanidade com os bichos, os termos podiam, porém, ser invertidos. Quando víamos telejornal em família e apareciam imagens de Pinochet, Garrastazu, Idi Amin, Fujimori, Bush - tanto o Bushão como o Bushinho - ou outro assassino, eu glosava:
- Cómo se brutalizan los hombres!
De todos eles, só o mais sanguinário – o Bushinho – vivia com um cachorro, um terrier escocês, de nome Barney, que tinha até espaço exclusivo no site da Casa Branca, mas não no coração de seu dono, a quem não conseguiu educar, ao contrário de doña Aurélia que a seu modo percebeu nessa oposição de humanos x não-humanos uma canoa furada. Talvez tenha se ido sem saber que, na realidade, foi ela que se deixou humanizar pelos animais. Foram os bichos que nos humanizaram, contribuindo para tornar mais afetuosas as relações historicamente tensas entre sogra e genro.
A gente pensava que ela era imortal, uma Niemeyer longeva, embora já não arquitetasse mais nada ultimamente depois que sua razão se aposentou. Ainda criança chorou a morte prematura da mãe, depois do pai, do marido, de sobrinhos. Primogênita, enterrou duas irmãs mais novas, o irmão, também mais novo, e um filho-enteado, dele sim, ela foi a segunda mãe, devido à orfandade em que cedo ficou. Além disso, enterrou cacatua, canário, vários papagaios, duas tartarugas e uma cambada de cachorros. Enterrou minha mãe e TODAS as sogras e sogros de minhas nove irmãs e de meus dois irmãos. Era a ultima sogra da família.
Aurélia Magdalena Lagorio Viuda de Alfaro (1918-2013), a Lela, partiu aos 95 anos, brigando com o alemão Alzheimer, depois de tourear um câncer. Levou com ela lembranças de uma longínqua infância: o óleo de fígado de bacalhau que era obrigada a ingerir cedinho, em jejum, antes de dar um mergulho no mar frio do Pacífico, os cachorros “humaniçados” que fizeram parte de sua matilha amorosa e as imagens em branco-e-preto da farmácia do seu pai cheia de histórias dos personagens que por lá passaram.
Talvez tenha relutado em dizer adeus, porque não queria deixar o que deixou: uma herança única e singular. Deixou uma única filha, uma única neta, uma única bisneta, um único genro, um gato e um cachorro. E uma única frase. De plural, só os sobrinhos espalhados pelo Brasil, Peru, Argentina, Venezuela, Colômbia, Espanha, Itália, Bélgica, Suíça, Canadá e Estados Unidos, todos eles devidamente “humaniçados”.
Quando ela partiu de casa, nessa quarta-feira calorenta de janeiro, León, o gato, que dormia na sua cama, enrolado a seus pés, acusou a ausência, indagando por ela, insone, arregalando seus olhos verdes e desorbitados de Nonato. E Patife, o cachorro, ficou choramingando pelos cantos. Efetivamente, é impressionante “cómo se humanizan los animales”. Ah, os genros também! Eu acho.
                                                                
 
 
Versión en español Taquiprati  -  Diário do Amazonas     
José R. Bessa Freire – 00/01/2012
DOÑA AURELIA, LA ÚLTIMA SUEGRA
Cuando la muerte me lleve / por sus caminos de sombra: 
(Los Chalchaleros) 
 
- Cómo se humanizan los animales! 
Oí esa frase miles de veces, pero la primera fue en una clara mañana de abril. Recuerdo que fue en abril porque el diario brasileño que forraba el piso de la jaula que doña Aurelia limpiaba, exhibía titulares sobre la Revolución de los Claveles en Portugal. Allí adentro, pisando una foto de Grandola, vila morena, reinaba todo empavonado “Itamar” - una cacatúa cuyo penacho amarillo parecía el peinado del ex-presidente de la república de Brasil. Con su pico curvo, levantó la cresta, erizó las plumas y le dio un picotón suave y amoroso en la mano que le daba ración, agua y limpieza. Era una forma de agradecimiento. Fue ahí que la dueña de las manos, inspirada, creó la frase histórica:
 - Cómo se humanizan los animales!
Pronunciaba “humanizan”, seseando, pero “Itamar”, por supuesto, entendía, pues había aprendido español por inmersión. La frase era repetida cada vez que él hacía alguna gracia – fueron muchas, incontables veces. En esos momentos, encontraba formas de demonstrar que estaba enamorado, apasionado por aquellas manos que entraban en su territorio, llevando agua fresca, alimento, afecto, vida.
Todas las mañanas, durante años, cumplieron religiosamente, impajaritablemente, el mismo ritual, con intercambio de silbidos, cantos, cariños, picotones y caricias. Nunca el uso de impajaritable fue tan apropiado. El pájaro, inteligente, alegre y juguetón, aprendió a abrir la puerta de la jaula para asombro de todos, menos de doña Aurelia, que no se cansaba de repetir el ‘mantra’ cargado de energía y sonoridad: 
- Como se humanizan los animales! 
De tanto oírla, acabé dándole razón! Considerando que el ser humano es un enamorado inveterado, un abridor de puertas y ventanas, capaz de comunicarse con el otro, si un animal es capaz de hacer todo esto es porque adquirió, indudablemente, la humanidad. Por lo menos en eso creía piamente doña Aurelia, autora de la frase, una creación propia, original, no la copió de nadie, la obtuvo de sus observaciones sobre el comportamiento de los animales – fueron muchos – con los cuales convivió en sus 95 años de existencia.
Frase memorable

Todo el mundo en la vida es autor de por lo menos una frase de efecto, literaria, filosófica o histórica, que merece ser grabada en placa de bronce para la posteridad. Pero no es un privilegio exclusivo de escritores, políticos, filósofos. Shakespeare creó “to be or not to be, that is the question”. Antonio Machado nos dio “caminante no hay camino, se hace camino al andar”. Don Pedro I, emperador portugués de Brasil, cuando lo llamaron a volver a Portugal, decidió en tono solemne: “Diga al pueblo que me quedo”. La frase memorable de doña Aurelia, una ama de casa, fue esa que humaniza inapelablemente los animales.
Podría ser otra, inclusive la citada de D. Pedro I, por ejemplo, muy apropiada a la primera visita que ella, viuda, le hizo a su única hija, recién-casada. Llegó despacito y se fue quedando... quedando... quedando... y se quedó “para el bien de todos y felicidad general de la nación”. Se quedó más de cuarenta años, durante los cuales vivimos bajo el mismo techo  en diferentes ciudades y países – Lima, Manaus, Paris, Niteroi, unas vacaciones en Imperia, en la Liguria, cuna de su padre italiano. Convivimos en una relación de suegra y yerno, que tiene algo de heroico. Para ambos.
Por eso, no me sorprendería si, en coautoría con Shakespeare, manifestase sus dudas, declamando: “To be or not to be mother-in-law?”. Esa es la cuestión. Te coloca en el lugar de ella, lectora! Quien, siendo madre de hija única, aceptaría de buen grado un yerno hippie, pelucón, comunistón, que ni siquiera tenía pasaporte ni donde caer muerto? Considerando que el exilado está solo en el país que lo recibe; de que techo había caído ese “sin familia”? La resistencia inicial de doña Aurelia es por lo tanto comprensible. 
Tanta comprensión no me lleva a decir aquí que fue mi segunda madre, aunque admita que solo una madre sea capaz de adivinar lo que uno quiere comer. Y ella acertaba. Siempre. Preparaba un ají de gallina tan sabroso que ningún militante radical colocaría defecto. Un viejo comunista, Euclides, mi amigo de exilio, llegó a comer el delicioso cebiche preparado por ella y se olvidó de la revolución por algunas horas en que permaneció saboreando, en estado catatónico. “Si tenemos en Brasil pescado, limón, ají, maíz, camote, cebolla, porque no fuimos nosotros los inventores del cebiche?” – se lamentaba, insatisfecho por el hecho de que esta maravilla no sea brasileña. 
De cualquier forma, aunque grato por los dotes culinarios, me niego a usar aquí el término ‘segunda madre’, no porque su proverbial ronquido, de noche, fuese de suegra y no de madre, sino porque en el presente contexto sonaría como demagogia post-mortem. Sin embargo, si lo usase, no estaría completamente equivocado cualquiera que sea su significado. Por otro lado, no puedo reforzar imágenes estereotipadas, “folclóricas” y “clásicas”, diciendo que era una serpiente venenosa, como la suegra de los chistes, porque no le corresponde, aunque los valores que profesábamos eran diametralmente opuestos.
Pero no siempre. Había un momento en que rezábamos la misma oración, era cuando yo me arrodillaba ante un seco de cordero, un cabrito en leche a la norteña, un arroz chaufa, que preparaba con condimentos y aderezos que venían de Lima. Su tacu-tacu y su sopa de frejoles eran antológicos. La larga lista cubría diferentes regiones del Perú: causa limeña, ocopa arequipeña, papa a la huancaína, tamales de Supe, pepián de pavo a la huachana. Un día, mi primo Djewry Power lagrimeó y subió por las paredes, cuando compartió conmigo un rocoto relleno hecho por ella.
Lengua de suegra
 
Modestia aparte, este locutor que les habla, hoy por hoy, es un verdadero expert en la variadísima culinaria peruana. Gracias a Lela, como la llamaban en familia, de quien heredó ese saber. Mi entusiasmo por sus platos era tan sincero, que despertó en doña Elisa, mi madre, una chispa de celos. Pero al César lo que es del César. Era irreversible, acabó agarrándome, como a la cacatúa, por la boca. Confieso que fue una rendición incondicional. Entregué las armas. Bandera blanca. La culinaria no tiene ideología. Entonces, si no es madre ni serpiente, ¿qué es lo que es?
Si yo fuera inglés, seria madre, solamente en el plano legal: mother-in-law, pero sin derecho a cualquier demostración de afecto, así como el alemán que menta a la madre cuando llama a la suegra schwiegermutter, que parece una palabrota asustadora. En cambio el francés es lleno de delicadezas - la madre puede inclusive ser fea - pero suegra es siempre belle-mère, no sabemos si por diplomacia, por hipocresía o por fina ironía. Ya el bielo-ruso es más radical, de una franqueza atroz, en esa lengua suegra es storvo. En el idioma de doña Aurelia, suegra no tiene nada de madre, es simplemente suegra, pero yerno es yerno e hijo político, o sea, un hijo sin madre.
Ante lo expuesto, combinamos lo siguiente: ella no era mi madre, pero yo era su hijo político, con quien tengo otra deuda además de la culinaria. Es que gracias a su presencia, aprendí a convivir con animales, a entender su lenguaje. Fueron muchos: cacatúa, canario, papagayo, tortuga, gato, perro, una fauna variada que pasó a vivir dentro de casa, llevados por ella o por la nieta, a quien le enseñó a amarlos. 
Para no asustar, comenzó con un canario - Tadeo, que entonaba un canto metralla y que era alimentado con lo mejor, como si fuese un yerno, digo, un hijo: alpiste, galletitas, lechuga, fruta fresca, pan mojado en leche y mil golosinas. Ese individuo también se “humanizó” rápidamente. Después vinieron otros, la casa vivía siempre llena de varias especies de animales de estimación, de quienes pasé a gustar y en quien encontré parte de mi humanidad secuestrada. Todos ellos se cansaron de oír:
- Cómo se humanizan los animales!
Cada vez que saboreaba la frase repitiéndola, parecía que estaba descubriendo la pólvora o fundando una nueva escuela de filosofía. Los animales se humanizaban hasta en los refranes, que fue lo que le sobró de la memoria cuando el Alzheimer estaba avanzado. “El último mono se ahoga” decía frente a la demora de la nieta para sentarse a la mesa para almorzar o “Estás buscando tres pies al gato, sabiendo que tiene cuatro”,  usado para quien discutía sin razón. Eran los hilos finos de la memória preservada por los cuidados del geriatra Norberto Boechat y el cariño de enfermera de Paulina Ayma.
Cuando asistíamos telediario en familia y aparecían imágenes de Pinochet, Garrastazu, Idi Amin, Fujimori, Bush, tanto Bushão padre como Bushinho hijo, u otro asesino de turno, yo invertía los términos y glosaba:
- Cómo se brutalizan los hombres!
Tal vez doña Aurelia haya partido sin saber que fue ella que se dejó humanizar por los animales, fueron ellos que nos humanizaron, contribuyendo para volver más afectuosas las relaciones históricamente tensas entre suegra y yerno.
Llegamos a pensar que era inmortal, una Niemeyer longeva, aunque ya no arquitectaba nada últimamente. Cuando estaba en la activa, lloró la muerte de su padre, del marido, de un hermano, de un sobrino que para ella era especial y de una hermana. En los últimos tiempos, ya jubilada de la razón, la de la hermana menor y de un entenado que quiso como a un hijo, para quienes, sí fue una verdadera segunda madre, debido a una orfandad temprana. Enterró la cacatúa, el canario, varios papagayos, dos tortugas y tres perros. Enterró a mi madre y todas las suegras y suegros de mis nueve hermanas y de mis dos hermanos. Era la última suegra de la familia.
Aurelia Magdalena Lagorio Viuda de Alfaro (1918-2013) partió a los 95 anos, luchando con el alemán Alzheimer, después de torear un cáncer. Lleva con ella los recuerdos de infancia, del aceite de hígado de bacalao que era obligada a tomar en ayunas, antes de ir a la playa, jugueteando con Tiber, Po y tantos otros perros que hacen parte de su manada amorosa. Las historias de juventud en los paseos bucólicos a la chacra de los Bisso en Mazo, conservadas en bellísimas fotos que guardó hasta cuando sus ojos no veían más, así como el aroma de la guinda huachana. Lleva también imágenes en blanco y negro de la farmacia de su padre, llena de historias de personajes que pasaron por allí. Memorias que quedaron más nítidas y se volvieron presente en los últimos tiempos.
Doña Aurelia dejó una frase, una hija, una nieta, una bisnieta, un yerno, un gato, un perro. La tia Lela deja una imagen protectora para muchos sobrinos, sobrinos nietos, ahijados y amistades muy queridas de toda la vida en algunos lugares del mundo, en Brasil, Perú, Argentina, Venezuela, España, Bélgica, Italia, Suiza, Canadá, Estados Unidos, todos debidamente “humanizados”. 
León, el gato que dormía en su cama, acurrucado a sus pies, sintió su ausencia, abriendo de par en par sus hermosos ojos verdes, preguntando por ella. Y Patife, el perro, se puso a lloriquear por los rincones. Efectivamente, es impresionante “cómo se humanizan los animales”. Y... los yernos también!  Creo yo.

 

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76 Comentário(s)

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Marce Romanelli (via FB) comentou:
09/10/2013
José Bessa....conmovida hasta las lágrimas....gracias por compartir tus sentires sobre la última suegra. y sí..."como se humanizan los animales"., y "como se brutalizan los hombres". gran abrazo!!!"
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Keith comentou:
27/05/2013
Posso dizer que fiquei com vontade de provar dos quitute de doña Aurélia, ate "o recoto relleno" que queima pescoço de peruano em Frances ... E a frase dela..."cómo se humanizan los animales" é simplismente perfeita... Nos na verdade, somos animais humanizados e as vezes temos atitudes que nem os animais teriam... Então na minha percepção leiga, talvez a frase seja aplicada mas a nos " seres humanos" do que aos próprios animais...
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moema comentou:
02/04/2013
emoção pura, muito lindo! li só hoje 2 de abril! que memórias bacanas voce nos ofereceu da D. Aurelia, bjs
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Graça Rodrigues comentou:
04/03/2013
Eu a conheci, foi por pouco tempo, mais gostei dela ......... Vendo sua foto agora me deu saudades dela, E fico me perguntando porque fiquei tanto tempo sem saber noticias dela ??? Tenho um filho unico , espero ter a mesma sorte de dona Aurela ter uma nora que me aceite como sua segunda mãe.
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Jeroniza Albuquerque comentou:
18/01/2013
Isso é ser muito mais que hijo-político. D.Aurélia deve está feliz com essa crônica, pois é o reconhecimento de todo carinho que dispensou em sua vida, nada mais gratificante que ser reconhecida, e pelo genro ainda vale mais. Assim eu espero, embora minhas qualidades na cozinha sejam temerosas. Vou procurar pelo menos uma frase para me imortalizar, não é mesmo?. Fiquei com água na boca com a descrição dos quitutes de d.Aurélia, ou carinhosamente Lela, deve ser daí que vem o nosso "ex-cabeche" de tucunaré, ou tambaqui, minha faz faz como ninguém... qual a origem eu não sei, mas é uma delícia, pra comer rezando né? Parabéns a você que teve o privilégio dessa convivência misturada de sabor e harmonia familiar.
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Wagner Belo comentou:
17/01/2013
Belíssima e emocionante homenagem!
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Lucia comentou:
16/01/2013
Una beleza el texto escrito por José. Hoy lo enviaré a mis hermanas. El título de la última suegra y lo que significa una frase en la vida de las personas realmente me ha maravillado. Muchas gracias por compartir con nosotros una relación tan especial, que se da en toda vida plena y quedebiera darse con todas las personas, incluyendo a los animales humanizados. Es algo bellísimo. Para mis hermanas este testimonio les va a llegar al alma,por el carño que le tienen a la tía Lela, por la suegritud que ejercemos y por los queridos animales que nos acompañaron en diversas etapas de nuestras vidas.
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Claudio Nogueira comentou:
16/01/2013
Belo texto. Bela homenagem a dona Aurélia. Tu que tinhas quatro mulheres, agora restam três: Consuelo, Zezé e Ana. Bela homenagem a elas também.
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Ana María Cano comentou:
16/01/2013
En mi recuerdo quedará la tía Lela como una mujer de pocas palabras pero de frases contundentes. Discreta hasta para demostrar afecto, pero -como señala José- profundamente humana. Sus temporadas en el Perú nos permitían disfrutar de historias y anécdotas familiares sobre parientes que no conocíamos o que habíamos olvidado. Y nos transmitió ese sentimiento de la familia como valor supremo (que incorpora al yerno, no importa con qué nominación de parentesco), que hemos aprendido y practicamos. Contato de Ana María Cano
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15/01/2013
Nossa, que lindo texto primo Bessa. Lendo fiquei emocionada e consegui imaginar como esta convivência foi importante em sua vida. Neste dia 09 de Janeiro, meu vô Bessa faria 100 anos, e uma de suas muitas frases acabei lembrando ao ler esta grande declaração de amor que você fez. Sinta-se confortado, você e toda sua família. "Beijos com sabor de cupuaçú no seu coração!" Contato de Erika Fátima Dantas
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Eliete Barbosa de Brito Silva comentou:
14/01/2013
Acredito que nos eternizamos à medida que somos lembrados, assim sendo, que seja eterna "Doña Aurélia". E obrigada por dividir conosco parte do processo de eternização da "última sogra da família".
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José Pedro Machado Ribeiro (Portal Cultura em Movimento) comentou:
14/01/2013
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Val comentou:
14/01/2013
Professor Que texto lindo. Dava para sentir o gosto da história. E, eu sempre achei que histórias poderiam ser contadas com comidas. Meu marido, até hoje, diz que engordou porque casou comigo. Mas eu como a mesma coisa que ele... Lamento sua perda, e de verdade. Tem vezes que a gente fica vivendo como se vida fosse de prazos, e não de momentos. E são nos momentos em que a gente esquece que deveria ser mais humano e escolhe ser um relógio, que perde os momentos mais preciosos da vida. E, quem perde os momentos, deixa de ser humano. Adorei! Abraços!
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Stella Teca comentou:
14/01/2013
Baba adorei a cronica! Linda como era linda a dona Aurelia. Pra nós ficou a sua imagem doce e carinhosa, a abuela do Fabio e uma vela de papai noel que ha 37 anos e acesa no dia 23 de dezembro. Beijos pra Consuelo, Zeze e Ana. Contato de Stella Teca
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Cesar Castro Aliaga comentou:
14/01/2013
Estimadísimo amigo: No sabes cuánto he celebrado -todavía lo sigo haciendo- por esa exquisita como nostálgica crónica acerca de tu suegra, que el fondo no es sino un homenaje a esa mujer que, aquí o allá, y en todas partes, sobre todo de América Latina, se desvela por ganarse el cariño del yerno y, lo logra. Tu escrito, además, es una franca apología a la mujer, a la madre, a la suegra, peruanas. Y qué profundo el significado de esa bendita frase, "cómo se humanizan los animales" y, ellos, ¿cómo nos humanizan, no?. A propósito, recuerdo claramente, cuando en nuestra condición de "conferencistas consuetudinarios", tú y yo, anduvimos por las calles de la Ciudad de México. En un pasaje de nuestra amena conversación, cuando sentí que me asaltaba la nostalgia de estar lejos de mis hijas, aún menores aquella vez, te confesé ¡cómo extraño a mis hijas, amigo!. Y tú, de inmediato me espetaste, a manera de respuesta: !cómo extraño a mi perro¡. Ciertamente, en un principio, no lo entendí, pero, conforme fuiste narrando sobre el comportamiento de tu muy resentido perro que, cada vez que te veía tomar la maleta, lo que era un anuncio para el animalito de una próxima ausencia de su amo, hacía evidente su malestar, su pena y acaso su descontento. Igual, a tu regreso a casa, sobre todo el primer contacto con ese humanizado perrito, si bien era de alegría pero con matices de protesta, de resentimiento. Es decir, los animales de tu casa, estaban ya entonces humanizados. Mis más sinceras condolencias por la irreparable desaparición de doña Lela. Ella no ha muerto, ni morirá, solo ha desaperecido. Un fuerte abrazo, y mis más sinceras felicitaciones por la crónica, siempre con la esperanza de que, en algún momento, nos volveremos a ver, para hablar sobre tantos temas que están pendientes, incluyendo la de mi suegra que, lamentablemente, en mi caso, ya anda jubilada de la razón, pero, cubre un espacio importante en la casa.
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Marilza (2) comentou:
14/01/2013
Por sorte, logo depois que defendi minha tese, comecei a trabalhar com os países da América do Sul, principalmente os que viveram sob ditaduras, viajava 4 a 5 vezes por ano ao Brasil, Dona Aurélia sempre me recebia com um grande sorriso, e, com um bom feijão! Depois ela me descrevia o cardápio da semana, sabia como me cativar e me prender neste espaço de fraternura. Nessa ocasião eu já podia dar meus palpites culinários e eu percebia o quanto Dona Aurélia ficava feliz com minha presença. A ternura de Dona Aurélia com os animais: lembro da Zeze trazendo um vira-lata faminto nos braços, os pais foram logo dizendo que não queriam, quando vi a cara da Zezé, olhei pra Dona Aurélia... Logo entendi que eu deveria meter meu bedelho. Minha cumplicidade com as duas era tão grande que eu tinha que ser solidaria! Apesar de não ser muito chegada a bichos domésticos, terminamos convencendo. Dei a sugestão do nome: ele se chamaria Txai que em Kaxinawá quer dizer irmão, companheiro. Dona Aurélia adorou o nome, e ela só o chamava de Txai. Bessa passou a o chamá-lo de Canalha, Patife, porém o Txai se tornou cúmplice e companheiro de Dona Aurélia. Quando Dona Aurélia não podia mais se levantar de sua cama sozinha, o Txai ficava de plantão na sua porta e não deixava ninguém desconhecido entrar. Numa de minhas inúmeras viagens, aproximei do quarto e lá estava o Tchai, ele também muito doente, sentado na porta e logo deu aquele latido de valente, eu falei Tchai vou ver Dona Aurélia, ele se esfregou nas minhas pernas, e, entrou no quarto comigo. Como dizia Dona Aurélia: Cómo se humanizan los animales!
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Marilza (1) comentou:
14/01/2013
Meu mano querido, mi hermanita Consuelo, minha Zezé, Bessa, tua belíssima crônica levou-me a milhões de lembranças de Dona Aurélia, Nossa relação de amizade era forte, modéstia à parte ela me queria muito bem, e te digo, que eu tinha um grande carinho por ela. Com Dona Aurélia eu praticava meu portunhol, e, ela dizia sempre que eu falava muito bem! Não sei se era pra me agradar, mas o certo é que ela tudo entendia. Mas meu vocabulário foi ficando mais rico... Dona Aurélia passou a fazer parte de minha família durante a estadia dela em Paris na Rue Falguière. Como posso esquecer-me do gostoso feijão que Dona Aurélia fazia todas às quartas-feiras? Na França, as crianças não têm aula na quarta-feira, e, como era o dia de folga de Zezé na escolinha e a sapeca adorava feijão, Dona Aurélia decretou que quarta-feira seria o dia do feijão peruano! Era um momento que toda a família se reunia em torno daquele feijão de sabor único! Para quem já tinha freqüentado todos os restaurantes universitários de Paris, ser convidada todas às quartas feiras, pra vir tirar a barriga da miséria, era uma dádiva divina! Só que com tempo, Dona Aurélia me avisava discretamente de alguns pratos especiais que ia preparar, eu me perguntava já comeste um aji de gallina? Logicamente, eu não conhecia bulhufas da cozinha peruana, e, ela começava a explicar... Eu saboreava cada passo de sua receita... Ela dizia sorridente: então passa no domingo... E, por ai, eu fui descobrindo os sabores da rica cozinha peruana e minha freqüência na casa dos Alfaro Bessa foi se tornando rotineira. Depois eles voltaram para o Brasil. Dona Aurélia descrevia com tanto prazer os inúmeros pratos peruanos, que ela me passou a curiosidade de enfrentar um domínio que eu não apreciava que era cozinhar. Todas as quartas feiras a saudade batia na minha porta e eu recordava da família Alfaro Bessa, minha barriga roncava de saudades também. Saudades da Zezé criança que me fazia correr pelo Boulevard Pasteur e fazia de minhas longas pernas o seu túnel, momentos que eu voltava a ser criança...
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Dorinha Paraguassú comentou:
14/01/2013
Bessa "Existem momentos na vida em que a única alternativa é vencer a emoção ao ler algo tão maravilhoso tirado da simplicidade do dia a dia e transformado em algo extraordinário! Coisas que só os Sàbios conseguem vê-las! Adorei o que você escreveu! Lindo demais! Conheci melhor a DONA AURÉLIA e também o grande escritor que eu ainda não havia lido! Parece que estou atrasada no tempo! Carinhos para toda FAMÍLIA e para você toda minha admiração e respeito!" Dorinha Paraguassú
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Stella Gonzales comentou:
13/01/2013
Recordada Consuelo: Supe de la muerte de su mamá a través de la columna de José Bessa. Mis sinceras condolencias y un fuerte abrazo de solidaridad. Para José, mi agradecimiento por enviarme su escrito. Con aprecio, Stella
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Joyce Pio comentou:
13/01/2013
Que coisa mais linda! Meus sentimentos para com toda a família ;)
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Felipe Berocan Veiga comentou:
13/01/2013
Querido Bessa, linda sua crônica em homenagem a Dona Aurélia! Fico feliz em tê-la conhecido em sua casa, entre bichos e outras gentes. Um beijo grande para Consuelo e outro para você!
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Patricia Sampaio comentou:
13/01/2013
D. Aurélia também me deixou lembranças. Jiló com lingüiça e Roz Tapado fazem parte de minha vida há mais de 25 anos. A ternura do sorriso vem junto todas as vezes que os preparo. Meu adeus emocionado e meu abraço aos que ficam....
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Hilda Canário (Blog Lima Coelho) comentou:
13/01/2013
Uma demonstração de amor muito linda mestre Bessa
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Charles Lamounier (Blog Lima Coelho) comentou:
13/01/2013
Os meus sinceros sentimentos. Mas deve ter sido um privilégio conviver com Dona Aurélia
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Ednaldo Moreira Leite (Blog Lima Coelho) comentou:
13/01/2013
Meus pêsames, mas também meus parabéns pela beleza da crônica
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Luís Alberto Furtado (Blog Lima Coelho) comentou:
13/01/2013
Caro professor, a morte pode demorar, mas é certo que um dia chegará, mas sempre nos pega desprevenidos
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Joana Amaral (Blog Lima Coelho) comentou:
13/01/2013
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Sebastião Almeida (Blog Lima Coelho) comentou:
13/01/2013
Caro professor Bessa, Dona Aurélia foi gente especial
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Juliana Lucinda Venturelli comentou:
13/01/2013
emocionante. Humanizei-me um pouquinho mais... Desejo conforto aos que ficaram e paz à Dona Lela!
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Vera Nilce Cordeiro Correa comentou:
13/01/2013
que bonita esta crônica do José Bessa! parabéns pela sensibilidade e carinho ao falar da sogra que a maioria das pessoas vê como estorvo. "- Cómo se humanizan los animales!"
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Jaiza Fraxe comentou:
13/01/2013
Adorei perceber a sensibilidade do escritor. .
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Serafim Corrêa (via FB) comentou:
13/01/2013
José Bessa olhe os elogios. Afinal, vc é o autor do texto. Eu apenas compartilhei. abs.
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Raimundo Nonato Machado comentou:
13/01/2013
A sogra só pega no nosso pé se tratarmos a filha dela mal. Se fizer tudo certinho ele se torna uma segunda mãe.
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Arlene Carvalho Blanco Blanco comentou:
13/01/2013
Texto lindo relatando a cumplicidade e fraternidade desta relação.
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Rose Campos comentou:
13/01/2013
Infelizmente não tive uma sogra dessas a não ser a primeira mas era candidata a sogra pois namoramos mas não casamos e mesmo assim ate hoje a nossa amizade e respeito se sustentam e lá se vão mais de 40 anos.É um texto muito bonito e sensível sobre o respeito das relações que não vem impostas e sim são escolhidas.Tenho dois candidatos.Um a genro e outro a nora.Os dois me deixam bem quando vejo meus filhos bem e tenho muito carinho por eles.Mas creio que meus filhos Pedro Campos e Leticia Campos também deveriam ler este texto pois eles também são felizardos pois possuem duas sogras presentes.Obrigada pela leitura maravilhosa que dividiu conosco.Bom Domingo
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Marisa Beatriz Correa Campedell comentou:
13/01/2013
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Marilene Corrêa comentou:
13/01/2013
Ir dessa forma "humaniçada" de D. Aurélia não é um caminho de sombra. Lindo registro e vida, Bessa; abraço Consuelo e o escriba! Marilene
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Daniele Lopes comentou:
13/01/2013
Foi emocionante!!!!!!!!!!!!!!!
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José Varella comentou:
13/01/2013
meu caro mestre e xará José Bessa, depois desta sua crônica fica revogado o dito popular que diz "feliz foi Adão que não teve sogra"... Inveja do genro de Doña Aurélia em vida quanto mais que ele se tornou o genro de Doña Aurélia na eternidade. A crônica é um hino à humanização de bichos e gentes. O mundo ainda tem esperança. Parabéns.
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mariana comentou:
13/01/2013
Hola Consuelo y Bessa, Lamento la anunciada partida de doña Aurélia. Conozco bien esa mezcla de tristeza y alivio que ocurre cuando alguien se va como ella porque me tocó lo mismo con mi madre. Extrañarán ese poquito de ella que todavía quedaba. En mi recuerdo están muchas de las cosas que Bessa cuenta: las comiditas, la relación con los bichos y su forma tan particular de tratarnos. ¡Inolvidables papas a la huancaína que conocí en la casa de Niteroi! Las pido siempre, sabiendo que no serán como aquellas que preparaba doña Aurélia, cuando voy a alguno de los restaurantes peruanos que ahora abundan en Buenos Aires. ¡Y su ají de gallina! Les mando un abrazo cariñoso a los dos, Mariana
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Norberto comentou:
13/01/2013
O texto, magnífico. Dona Aurelia, universal.Grande abraço, Norberto.
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Marta Bessa comentou:
13/01/2013
Linda homenagem. Nunca vou esquecer do aji e cebiche que sei que jamais comerei outro igual, passando pela sua relação com os animais (como não lembrar do Tadeu e do Canalha) e, principalmente, pelo afeto que transmitia a minha família. Ela será uma lembrança muito boa na minha vida e na das minhas filhas!
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12/01/2013
Lindo texto Bessa. As palavras só elas têm o poder de imortalizar nossas efêmeras vidas biológicas. Dona Aurélia vive agora imortal não só nas lembranças do cotidiano da família, mas por todos que lerem sua belíssima crônica. Um abraço a você e sua família. Paz Profunda. Contato de Edicléa Mascarenhas
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Conceição Campos comentou:
12/01/2013
Bessa, meu carinho pra Consuelo, pra Zezé, pra você. E obrigada por esse texto que me fez lembrar da minha vó, falecida esse ano com a mesma idade da Dona Aurélia, levada antecipadamente pelos mesmos apagamentos do Alzheimer - que pouco a pouco desata o laço da memória e nos deixa sós, afeto nas mãos, numa longa e estranha despedida. Essas senhoras tão carinhosas e amadas deixam muitas saudades. Sorte de quem pôde conviver com elas!
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Djwery Power comentou:
12/01/2013
Grande homenagem, grande Aurélia! Com sua culinária picante, que me fez subir pelas paredes feito aranha, cabe também a frase " Cómo se animalizan los humanos!". Valeu Beibe...
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Dy Eiterer comentou:
12/01/2013
Que beleza de texto, professor José Bessa!
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Luciana UNIRIO comentou:
12/01/2013
A mais bela homenagem que pude contemplar. Lindíssima mesmo...
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Cascia Frade comentou:
12/01/2013
Bessa, profundamente comovida, quero revelar, mais uma vez, minha admiração por essa sua crônica. Linda, equilibra todas formalidades de um texto literário com as libertárias asas da emoção. D. Aurélia, embora já suspeitasse, teria uma confirmação do incondicional afeto do genro-filho, o que, certamente, a faria ainda mais feliz. Gratíssima por esse momento de enlevo. Bjs Cáscia
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neusa ramalho silvério comentou:
12/01/2013
Caro Bessa que delícia de leitura, tão " humanizado" estás, que nem me atrevo a elogiá-lo mais! obrigada por este texto delicioso!!! Fraterno abraço!!!
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Ana Silva comentou:
12/01/2013
A homenagem ficou linda e emocionante! Parabéns!
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Andrea Sales comentou:
12/01/2013
Meus sentimentos e abraços aos órfãos da presença de dona Aurelia...
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nietta lindenberg do monte comentou:
12/01/2013
bessa, um forte beijo na consuelo, filha unica de mae longeva (como sou eu e é a minha). quantas identificaçoes! beijo grande em vc, genro hiper humano, escritor de talento que admiro cada vez mais, (para além do que temos em comum nas historias da educaçao indigena); o texto é lindo e quase triste na alegria desta despedida iluminada. reforça o respeito pelos homens que tem na saudade terna um traço definidor de sua animalizaçao amorosa. paz eterna a Aurélia!
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12/01/2013
Lindo testemunho de vida .Autor de declaracoes beneficas aos coracoes sedentos de uma boa palavra .palavra construtiva.palavra de exemplo de vida.Deus abencoe a todos. Contato de Walter M Pereira-niteroi-rj
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Jose Carlos Levinho comentou:
12/01/2013
Bessa, um grande abraço para voce, Zezé e Consuelo.
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Fina Espejo comentou:
12/01/2013
Hermosa semblanza que me llena de recuerdos, lindos recuerdos de la época universitaria cuando veía casi a diario a la Sra. Lela,su gran cariño, sus consejos, su presencia serena,algo que nunca olvidaré.Un gran abrazo para Consuelo y para toda la familia. Contato de Fina Espejo
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Giane comentou:
12/01/2013
Sabia que ela estava ali, quando ia ter minhas (des) orientações com o genro e orientações com a filha. Ela estava ali, mas não a via,sabia que estava mal e que a filha, incondicionalmente, junto com a ajuda ipagável da Paulina estavam ali; e que o genro também sempre esteve muito atento às emergências. Me solidarizo com a família, neta Zezé, mas, principalmente, com minha querida Consuelo, que resistiu bravamente, sem faltar com seu ofício e com seu amor incondicional. Um abraço afetuoso para todos.
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Socorro Calháu comentou:
12/01/2013
Bessa querido, muito humano, muito revelador, muito tocante!! Essas pessoas fazem mesmo a diferença em nossa vida. Lamento e sinto a perda de todos vcs, incluindo os animais que também sentem e como sentem! Como sempre um texto sensível e apaixonante. Grata por compartilhar tantas histórias tocantes. Beijos
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Grécia comentou:
12/01/2013
Uau! Que linda homenagem prof. Bessa! Fico impressionada com sua habilidade em escrever coisas tão maravilhosas, detalhadas e cheias de significados num curto espaço de tempo. Que mente brilhante! Contato de Grécia
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Nietta comentou:
12/01/2013
Bessa querido Um forte beijo em Consuelo, filha unica de mae longeva (como sou e tenho eu). Beijo grande em você, genro hiper humano, vindo mais uma vez de sua forte fã e admiradora literaria (q tenho o prazer de ser eu). O texto eh lindo e quase triste. Mas abre o "apetite" para os saberes das velhas mulheres, mesmo q sogras e reforca o amor pelos animais, mesmo os domesticados. Bj Nietta
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Mercedes Ugás comentou:
12/01/2013
Me ha emocionado mucho leer esta semblanza de "Lela", la madre de una gran amiga, compañera de la Universidad en Lima. Creo que es un homenaje merecido y muy senti- do por su yerno , sus palabras están cargadas de cariño y la describen con una gran ternura y admiración; además con calidad literaria. ¡Un abrazo para Consuelo y tú José sigue escribiendo!
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Regina comentou:
12/01/2013
Que bela cronica! Equipara-se à da Dama da Carolina.Chorei muito!
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Rocío comentou:
12/01/2013
Muchas gracias por compartir conmigo este texto tan amoroso de un yerno a su suegra. No hay como no sentirse emocionado y acordarse de su madre, de su esposo (que también es yerno) y de que uno está tan lejos de su madre... Un merecido homenaje a su madre. Rocío
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Betty Silva comentou:
12/01/2013
Hermosa crónica ! Increíble cómo Doña Aurelia ha dejado recuerdos imperecederos, no sólo por sus cualidades culinarias sino también por su gran capacidad de amor. Ese amor por su hija que la hizo aceptar hasta ese yerno que representaba todo lo que ella en principio no hubiera nunca aceptado. Y ese amor que distribuía a todo ese mundo que gravitaba alrededor de Consuelo .... sin querer queriendo. Un gran abrazo con mucho cariño para Consuelo, Zézé, para el yerno. Y .... hasta siempre Doña Aurelia !
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Rosaura comentou:
12/01/2013
Estimado José...lindo texto para una Gran Señora, Madre, Suegra, Amiga y encantadora anfitriona...la recuerdo con su frágil y fina figura atendiéndome en Niteroi con sumo aprecio y cariño al igual que ustedes, a quienes siempre llevo en el corazón...Un fuerte abrazo a Consuelo y a toda la familia...Que de la Gloria de la Eternidad goce.
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Neide González comentou:
12/01/2013
Belíssima crônica, belíssima sogra, belíssima pessoa! Abraços à Consuelo por essa perda!
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Luciana Freitas comentou:
12/01/2013
Lindo, Bessa. Um abraço forte para você e para a Consuelo.
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José Amaro Jr. comentou:
12/01/2013
Aos 14 anos de idade fui morar em Niterói e tive o prazer de ser cuidado por D. Aurelia (abuela) sempre adivinhava o que eu queria, e no momento certo, sabe o carinho de vó? Lembro que todos os domingos pela manha íamos para missa juntos, e o mesmo cuidado que ela tinha comigo eu tinha com ela, de segurar a mão para não cair ou tropeçar. Obrigado por tudo. Fica aqui meu carinho, D. Aurelia fique na Paz de Deus. Amém.
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Cyrino comentou:
12/01/2013
Babá, tenho boas lembranças da Dona Aurélia, nao só do seu cebiche, mas da sua pessoa. Era uma mulher muito bonita, com seus cabelos de prata e seu sorriso terno. Eu Gostava de ouvir o ecento de seu espanhol ao telefone sempre que falava com ela. Um abraço fraterno pra ti, pra Zezé e pra Consuelo. Stela manda abraços também.
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Regina Freire comentou:
11/01/2013
Impossível não se emocionar com a crônica... Perdemos a doce ternura de D.Aurélia....
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vania novoa tadros comentou:
11/01/2013
As sogras são as mães pelo destino. E tua crônica Baba (sem aceito com se pronuncia em espanhol) demonstram o que eu já sabia e tentas disfarçar muito mal. Tu sentirias como a perda da tua própria vida a viagem para o céu de D Aurélia. É impossível esquecer Dona Aurélia sempre com os cabelos e as unhas arrumadas, com aquele sorriso latino maduro não só pela idade mas também pela doçura. Lembro dela nos ensinando a livrar os documentos das traças usando pimenta do reino nas estantante. Até hoje tenho esse hábito. Dona Aurélia contribuiu com a preservação das fontes para a história que escrevemos. Recordo dela encomendando que a Consuelo levasse de São Paulo folhas de endívias porque gostavas de comê-las recheadas. Certa vez o Geraldo Pinheiro hospedou-se em vossa casa e ao retornar me disse que Dona Aurélia tinha muita pena dele porque era magrinho e todas as noites ela ia cobrí-lo com uma manta porque fazia frio. Chamava a neta com um doce :"Cheché" A crônica está magnífica e especial como Dona Aurélia merecia. Eu já a esperava pero no tan pronto. Só faltou encerrá-la com o trecho daquela canção: " Quando se quiere deberas como ti quiero yo a ti és imposíble , mi sueño, tão separados vivir.
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Cris Amaral comentou:
11/01/2013
Querido Prof. Bessa é impossível não se humanizar, sentir e se engasgar com uma homenagem desta tão linda!!! Parabéns pela bela história de vida e meus sentimentos!! Carinhos Cris Amaral
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Rosilene Bessa comentou:
11/01/2013
Dona Aurélia era uma pessoa especial. Uma das coisas que lembro muito bem, era conversar com ela via Zeca. A Zeca tinha mais ou menos uns tres anos e traduzia para a avó o protugues e para mim o espanhol.
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11/01/2013
La comida peruana nos une, de alguna manera, en la partida de Aurelia. En este momento, cuando leo la sentida y genial nota de Bessa, preparo un chupe de despedida para mi hijo Diego y su troupe de amigos y recuerdo los manjares peruanos que ella nos hacía en Lima, en Londres y París y que ahora, en la lejanía del tiempo, saboreo con melancolía y los recuerdos de la mamá de Consuelo se aglomeran en la memoria. La veo en Niteroy, hermosa como siempre y desde Caracas va un "humanizado" y triste abrazo de despedida para nuestra siempre querida y recordada Doña Aurelia...... Contato de Miriam Peñaherrera
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clelia comentou:
11/01/2013
Linda e emocionante para quem teve a sorte de conviver com a "abuela", como eu e minha família,família que se misturou com a dela, assim como nossas comidas, nossas línguas e nossos afetos. Muitas vezes um perguntava uma coisa e o outro respondia uma outra, mas estávamos sempre juntos e assim crescemos, pelo menos duas gerações, aos olhos de D. Aurélia. Que ela continue olhando por todos nós.
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Midori Nakamura comentou:
11/01/2013
Chorei piscinas agora, lindo
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Renata Correa comentou:
11/01/2013
Lindo texto. Lindas fotos. Enquanto lia, parecia que eu estava vendo a D. Aurélia cuidando dos pássaros ou que eu estava comendo as maravilhas que ela fazia.
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