CRÔNICAS

Reza, fofoca e terapia: uma velhice compartilhada

Em: 15 de Janeiro de 2025 Visualizações: 2143
Reza, fofoca e terapia: uma velhice compartilhada

“Pesquisas do seríssimo British Medical Journal mostram

os benefícios da reza em diferentes condições patológicas”  

(Contardo Calligaris, ateu, em O poder da reza. 2006)

- Gente, evitem tomar chá! Cada saquinho de chá libera milhões de nanoplásticos que se infiltram nas células do corpo e causam câncer.

Esse alerta da minha irmã caçula no grupo de oração soou como um alarme. Mas lembrei que há mais de dez anos, quando a overdose de cafeína me causou distúrbios gastrointestinais, foi essa mesma irmã que me fez trocar definitivamente o café pelo chá agora por ela condenado. Assustado, gemi com voz desalentada:

- Pelo amor de Deus, Maria do Céu! O autor dessa pesquisa é confiável?  

- É um cientista da Universidade A-ME-RI-CA-NA de Ohio - ela falou. Falou assim, em negrito, escandindo as sílabas em letras maiúsculas para conferir autoridade ao pesquisador. A prova – enfatizou – é a Família Real Britânica que toma chá diariamente e, por isso, foi destroçada pelo câncer: o rei Charles, a Kate Middleton, a duquesa de York Sarah Ferguson, a princesa Victoria, os reis Edward VII e VIII...  Verifica lá no google.

Verifiquei. Confirmado. A nobreza reza nas últimas quatro letras, mas está toda com câncer. Ora, se isso acontece com a realeza da Inglaterra, o que não fará com o corpo de um pobre plebeu cheio do chá invadido durante dez anos por trilhões de microplásticos? Vai ver, foi assim que cresceu o tumor maligno na minha próstata controlada depois pela radioterapia. Ohio que o parta! Chá? Nunca mais. Essa decisão tomada durante a reza, quando o profano se sacraliza, pode ser entendida, se examinamos a composição, a organização e o funcionamento do grupo de oração.   

Rezo-terapia

Dos 13 filhos da dona Elisa – 9 mulheres e 4 homens – um deles, Domingos, morreu afogado em 1958 aos três anos de idade e Glória, a mais velha, aos 90 anos, deixando saudades imorredouras. Os 11 ainda vivos compartilham a velhice em reuniões, que no início eram semanais, mas se tornaram diárias desde 2020, quando o coronavírus começou a se espalhar pelo Brasil.

O encontro diário via zapp, que dura em média 60 minutos, entrecruza orações e reflexões teológicas de leigos com relatos sobre doenças e remédios, troca de receitas caseiras e de experiências culinárias, notícias sobre filhos, netos, parentes, amigos e vizinhos, lembranças da longínqua infância, comentários sobre a situação política do país e do mundo. É uma terapia de grupo, que receita fármacos para a alma e para o corpo, as almas estão vendendo saúde, mas os corpos precisam recauchutagem em oficina mecânica, alguns até de reboque.

O humor predomina nas diversas etapas da oração. A gente ri da gente e das nossas sequelas. Funciona assim: no final de cada tarde, a administradora do grupo chama irmãs e irmãos pelo zapp.  Enquanto aguardamos a entrada dos atrasados, surgem anúncios como esse do chá. As notícias-bombas são geralmente dadas pela caçula, com 62 anos. É ela quem toca o terror.

Outro dia, na reza de natal, ela trouxe uma novidade. A banana - imaginem só, a ba-na-na! -  foi condenada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) por ser fruta portadora do potássio, que potencializa doenças renais, além de conter tiramina, um aminoácido que provoca enxaquecas. Exibiu prova irrefutável:  

- Nos Estados Unidos, o preso condenado à morte recebe uma injeção de cloreto de potássio, que provoca parada cardíaca e ceifa sua vida em menos de um minuto. O potássio da banana, em excesso, mata. Precisa muito cuidado com aquele biquinho preto na extremidade, é la que se concentra o veneno.

O fato é muito mais complexo, segundo outra irmã, farmacêutica e bioquímica, mestra em Patologia Tropical, doutora em Bioética, especializada em parasitoses, protozoários e amebas. No entanto, por via das dúvidas decidi: Banana? Never more. Eu, hein!

Remédio do corpo

Felizmente tem aquelas irmãs como a terceira da lista, que vivia em consultório médico e consumia remédios de farmácia como se fossem roupa ou pão, mas agora graças ao grupo de oração descambou para os fitoterápicos. Ela mesma defendeu uma mezinha para combater a fadiga ocular: cobrir um pepino com bicarbonato de sódio, cortá-lo em pedacinhos com um limão e uma laranja, triturar no liquidificador e tomar o suco em jejum. A amiga dela, a Lucilene, que era míope e vesga, tomou a gororoba e depois do sétimo dia jogou fora os óculos.

A irmã mais velha, atual matriarca, recomenda a quem não gosta de pepino, que faça a ginástica para os olhos. Um dos exercícios visuais diários é abrir e fechar as pálpebras muitas vezes para lubrificar o globo ocular e relaxar os músculos faciais. Eu me viciei e até agora estou pisca-piscando. E não é que deu certo? Ajudou a melhorar o foco e a percepção da luz. Recomendo. Receitas como essa circulam no grupo de oração também para a audição deficiente. Todos nós estamos meio surdos, uns mais, outros menos.  

As "reinhas" e os "reinhos", alguns pré-diabéticos, estão todos com osteoporose em maior ou menor medida. São frequentes as queixas de osteoartrite, tendinite e dores nas articulações. A recomendada pomada “canela de velho” para o desgaste da cartilagem é milagrosa, se ajudada pela reza. A segunda irmã, cujos ossos do joelho batiam um no outro, viajou para São Paulo em cadeira de roda, mas incentivada pelas preces, recusou a cirurgia. Curou-se comendo pés de galinha, rico em colágeno tipo 2 e devorou arroz com cúrcuma para sarar o seu “dedo em gatilho” travado pela tenossinovite estenosante. Debochada, ela ainda deu um cotoco pro cirurgião.

Curando a alma

Quando a irmã puxadora de reza inicia um canto, os remédios ecumênicos da alma entram em cena. Alguém é escolhido para ler o evangelho ou textos de autores como o padre Júlio Lancellotti, Leonardo Boff, Frei Beto, pastor Henrique, o teólogo luterano Hans Alfred Trein, o kardecista Apolônio Nascimento, a pajé Zeneida Lima. São feitos comentários em defesa da natureza, da diversidade religiosa e cultural e de valores como a solidariedade com moradores de rua, com os excluídos, com as vítimas do racismo, da homofobia, da misoginia, do sexismo.

Em seguida, cada um faz pedidos individuais a Deus e à Cidinha – apelido que deram à Nossa Senhora Aparecida como sinal de intimidade.

Cada um reza por suas intenções particulares. São muitas. Cada pedido se refere a situações diversas, descritas detalhadamente, envolvendo uma filha com dengue e outra com implante dentário, o namorado doente da neta, as atividades escolares do neto autista, um cunhado com problemas no trabalho, o amigo com Alzheimer, a viagem de avião Manaus-Brasília do sobrinho que vai se operar, o vizinho entregador que teve a moto roubada, a vizinha que morreu, a sogra de um filho hospitalizada, as felicitações pelo aniversariante do dia. E por aí vai...

Qualquer pedido termina sempre com a frase: “Por tudo isso, rezemos ao Senhor”. Todos respondem em coro: “Oh Senhor, escutai a nossa prece”. Ele tem escutado, até mesmo a uma irmã, que tem forma inusitada de pedir. Espertinha, ela agradece antecipadamente a graça que ainda vai alcançar, comprometendo a Cidinha e seu Filho. Mas o que conta é que a forma de rezar funciona como um jornal local que, no final, atualiza a irmandade com as fofocas e as notícias familiares.

O poder da reza

Alguns amigos e conhecidos, incluindo quem mora em Portugal e na França, impressionados com a reunião diária de um grupo de oração de 11 irmãs e irmãos, pedem para rezarmos por doentes de suas famílias. Às vezes dão retorno e, como o leproso do Evangelho, agradecem a melhora do enfermo. 

Será que reza cura? Esse ex-agnóstico aqui, que entrou no grupo de oração só para acompanhar os perrengues da família, agora reza. Para Nhanderu. Foi convencido pelo artigo “O poder da reza” escrito por um ateu, o psicanalista italiano Contardo Calligaris (1948-2021), que seguiu os debates na revista científica “British Medical Journal” sobre doentes beneficiados por orações graças às energias liberadas capazes de influir nas enfermidades.  

- A cura é fruto da ação da divindade solicitada? Isso depende de um ato de fé, que não cabe na interpretação de uma pesquisa científica. Mas a ciência, que no passado recente ignorava a existência de partículas, mudou.  Hoje, a física constata que tais partículas povoam o nosso universo. Por que as nossas intenções não movimentariam uma energia desconhecida capaz de alterar o mundo físico? – pergunta o psicanalista. Conclui com sua voz de ateu:

- Embaixo do sol (ou da chuva) deve haver muito mais do que imaginamos, até porque nossa ciência está longe de ser acabada. [...]. Eu não acredito nas paranormalidades, mas em geral durmo melhor ninado pelo mistério do que pelas certezas.  

Perfil dos rezadores

Segue a lista de participantes do grupo de oração, apresentada por ordem de chegada ao mundo. Nove moram em Manaus, um em Niterói, outra em Juiz de Fora. Todos compartilham a velhice:

  1. A Matriarca (1941) fala pouco, mas sua reza se expressa na forma de canto, com uma voz de timbre cristalino.
  2. A Bem-humorada (1943) faz todo mundo rir, tem muita fé, mas desbocada, solta palavrão no meio da reza e distribui aqui e ali cotocos profanos, posto que não existe cotoco sagrado.
  3. A Destemida (1945) fica “p” da vida quando atropelam sua fala. Na pré-adolescência, queimou com ferro de passar a barriga do irmão machista, que ameaçava espancá-la, cujo nome omitimos para não humilhá-lo. A queimadura o transformou em ardoroso feminista.
  4. A Puxadora de reza (1946) nossa “padra” já foi ao Vaticano 5 vezes, beliscou a barriga do papa a quem chama de Chiquinho. Militante na sua paróquia, tem uma enorme capacidade de aggiornamento, de atualizar sua fé.
  5. O Encrenqueiro (1947) brinca de armar intrigas entre irmãs e tem fama de fantasioso por dar caráter ficcional à realidade. Dizem as más línguas que herdou a fantasia da mãe, de quem pegou poucas palmadas.
  6. O Espiritualizado (1949), ex-nervosinho, prefere a oração e não gosta da fofo-reza, protesta quando as fofocas se alongam. De todos, esse menino de cabeça branca é o único que ainda "dá no couro".
  7. O Falastrão (1950), aprendiz de internauta, se perde em longos relatos com detalhes minuciosos e precisa de um freio para não se desviar da reza. É um bom pai de família, que está reaprendendo a rezar. Tem voz maviosa quando canta, sobretudo em coro com a Agradecida.
  8. A Agradecida (1952) vota no Lula, o abençoado, a quem admira, mas reza por Bolsonaro, o amaldiçoado: “Maninho, é ele e não Lula que precisa de oração". Diariamente, ela: "pelo pai dos quatro zeros, rezemos ao Senhor”. Diariamente eu só no pensamento: “Oh Senhor, te agradeço por não escutar a prece dela”.
  9. A Psicanalisada (1953) traz sempre textos e reflexões que tratam da velhice compartilhada e das relações familiares entre cônjuges, filhos, netos, amigos. É fissurada em psicologia e psicanálise, seus comentários ajudam muito o grupo
  10. A Totoiotaia (1957). Muito ocupada com a docência universitária, com a filharada e a netarada, sua participação consiste em selecionar e postar textos muitas vezes aproveitados para leitura no grupo.
  11. A Terrorista (1962) ex-intransigente e ex-mimada, a caçula tem sérios problemas de audição, vive reclamando do barulho que muito a incomoda. Ela dá suporte logístico intelectual e afetivo ao grupo. Mas-gosta-de-filar-comida-na-casa-das-irmãs.                                                                                                                                                                                                                                      Essas são as filhas e os filhos vivos da dona Elisa.  Os corpos envelhecidos têm seus achaques, mas de humor e de espírito estão todos bem. A mãe,  uma senhora aguerrida, que criou 13 filhos numa casinha modesta e pobre do bairro de Aparecida, em Manaus, nos ensinou a compartilhar e a  rezar. E eu, caipira carente, só queria mostrar meu olhar, meu-olhar, meu-olhar.                         PS - No grupo, falei sobre o livro de Margarida Campos "Estação Radiant", que estou lendo, uma viagem por Manaus nos ônibus de madeira nas décadas de 1940-60. Para que minhas irmãs se deliciem com o texto da Margarida, rezemos ao Senhor! Oh-Senhor-escutai-a-nossa-prece.  Fotos:RicardoOliveira                                                                                                                                           

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33 Comentário(s)

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Alfredo Mario Lopes comentou:
05/02/2025
O RAIO QUE O PARTA, MARIA DO CÉU, MANDE O CHARLATÃO PARA O INFERNO!!
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Luiza Helena Martins comentou:
01/02/2025
Eu, que ando por aí esbarrando sempre em mistérios e rezas, me emocionei com o que você compartilhou com a gente. Obrigada, querido mestre Bessa!
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Valter Xeu comentou:
22/01/2025
Publicado em PATRIA LATINA - https://patrialatina.com.br/reza-fofoca-e-terapia-uma-velhice-compartilhada/
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Márcio Pucu comentou:
21/01/2025
Valores de vida foram plantados e cultivados pela família manauara, que permaneça para sempre.
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Ana Jacó comentou:
21/01/2025
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Luiz Pucú comentou:
17/01/2025
Eu não desacredito nas paranormalidades, "mas em geral durmo melhor ninado pelo mistério do que pelas certezas". Te li te ouvindo nas pausas das gargalhadas e umas lágrimas que impedem a leitura. Vi todas as fotos, só não descobri a tua quando criança. Um texto lindo lindo muito lindo.
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HANS ALFRED TREIN comentou:
17/01/2025
Grato, Bessa, por mais essa pérola. O microcosmo familiar é muito gostoso, quando há aceitação da diversidade e quando as pessoas não se levam por demais a sério. Nesses tempos de "certezas" polarizadas, em que bicudos não se beijam, um bocado de bom humor, de auto-relativização é fundamental, para que as famílias compulsórias possam cultivar boas relações, cada qual contribuindo com sua especialidade. E, quanto à reza, nossa geração racionalista é bem cética, mas já aprendemos que há muito mais entre o céu e a terra do que a teologia e a ciência desvendaram até hoje. Se o envelhecer nos traz mazelas físicas, o bom é aprender, aprender, aprender... Grato pela menção de meu nome entre tantos notáveis. Abraço, Hans
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Ubiratã Trindade comentou:
17/01/2025
Que texto maravilhoso. Ri alto. Parabéns. Que afago!
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Marcia Paraquett comentou:
16/01/2025
Fantástico, Bessa. Seu bom humor é um alento
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Marilza De Melo Foucher comentou:
16/01/2025
Excelente!!! O trotskista mais carola que conheci e que nunca deixou de ser seminarista kkk. Ainda bem que não chegou a ser padre pois iria quebrar o segredo da confissão para fofocar sobre os pecados!!!
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Nelson Peixoto comentou:
16/01/2025
Babá, que escrito lindo e apaixonante! Tenho me conectado com a Bambi e a Regina sempre. A Bambi sempre comenta minhas postagens do blog. O último então foi de uma conversa entre idosos falando sobre a andiroba e a carnaúba para dar o exemplo dos fitoterápicos e denunciar as big-pharmas. Aí, a Bambi me deu um retorno que te envio agora. Vou publicar ainda numa nova postagem que conte sobre o sonho de uma geriatria e gerontologia humanizada.
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Silvio Tendler (EGC) comentou:
16/01/2025
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Inêz Oludé (Aqui tudo se debate) comentou:
16/01/2025
Pesquisa seríssima tipicamente feita por IA. Se oração fosse bom, menina, acho que hoje dois terços da humanidade estaria em perfeitas condições porque a oração chove aí de canto a canto do universo e o mundo tá nessa m** toda
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Giane comentou:
16/01/2025
Maravilhoso e engraçadíssimo artigo de José Ribamar Bessa Freire Um texto bem humorado sobre a reza, a oração e seus poderes; sobre a "confiabilidade científica "; a crença de ateus e reuniões familiares com cada personagem familiar .. maravilhoso ???????????? Um texto que nos lembra de como a comunhão familiar e menos seriedade para nossas mazelas são saudáveis!! Eu não acredito nas fervorosas máscaras sociais de religiosidade que encombrem muita porcaria, mas tenho muita fé na reza de famílias como a sua!! Parabéns e vida longa para todos ????
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Ruth Freihof (Grupo Seu Sílvio) comentou:
16/01/2025
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Fernanda Maria (Notícia Seu Sílvio) comentou:
16/01/2025
O ovo ( colesterol) também conversando com o gluten falou: - calma, gluten, já passei por isto...
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Gianne Lessa comentou:
16/01/2025
Maravilhoso!!! Adorei ver a foto da família!!
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Delayne Brasil (EGC) comentou:
16/01/2025
Que delicia de texto! Para que este se espalhe, rezemos ao Senhor!
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Silvia comentou:
15/01/2025
Lindíssimo e engraçado relato sobre uma família atípica. O rezo, algo genial!
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Dodora Bessa Farias (prima-irmã) comentou:
15/01/2025
Sinto muuuuita saudade da minha infância, de quando ia na casa da tia Elisa e ela brincava muito com as filhas... Confesso que tinha vontade de ser filha dela... : Apesar do ser beco apertado, a energia, se espalhava, potencializada pela relação amorosa que tomava conta da criançada!!! Coisa boa!!! Eita, Beibe, as lembranças pareceram um sonho, que não gostaria de acordar logo, para curtir mais.
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Ana Ramalho comentou:
15/01/2025
Uma delícia! Tanto o raro fato da convivência familiar virtual e intensa quanto seu amoroso relato bem humorado
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Viviana Gelado (UFF) comentou:
15/01/2025
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Cristina Vergnano comentou:
15/01/2025
Que delícia de crônica e que família especial. Amei! Mas, olha, não levo muita fé nesse negócio do chá, viu?! Até porque, os saquinhos dos chás brasileiros, creio eu, são de papel. O problema deve estar relacionado com aqueles chás europeus, em lindos saquinhos plásticos (cruzes!). Ah, e você não precisa abandonar o chá. Já que o negócio é sugerir, por que não tomar infusões de ervas in natura, como hortelã, capim limão e camomila?
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Ana Silva comentou:
15/01/2025
Hahahahaha Que delícia!!!! Lindeza de crônica.
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Dile, a Destemida comentou:
15/01/2025
Amei, mas tô fumada pois como banana a toda hora
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Gina, a Matriarca comentou:
15/01/2025
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Helena, a Bem-Humorada comentou:
15/01/2025
Amei. Muito boa. Agradeço pela parte que me toca
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Teca, a puxadora de reza comentou:
15/01/2025
Amei. Depois de assistir a Fernanda Torres ontem no cinema quando chorei em bicas, essa crônica levantou o meu astral . Sou suspeita porque amo tudo que escreves. Valeu.
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Aparecida, a Agradecida comentou:
15/01/2025
Amei essa crônica. É fidelíssima (gostou do superlativo?) ao nosso grupo. Imagino, eu chegando à casa da Carolina, com o jornal na mão, lendo para a Lisoca e ouvindo ela comentando: "essa eu gostei". Eu agradeço a Deus e a nossa Cidinha por ter nascido nessa família maravilhosa, onde reina o amor. Deus é amor e o amor é Deus.
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Celeste Bessa Correia comentou:
15/01/2025
: Mano, cheguei em casa e li com mais calma. Ficou muito linda! Diz muito de nós. Conseguiste pegar um traço bem específico de cada um com bom humor, que é a tua marca principal. Muito fiel. Estavas inspirado. Um lindo registro pra a nossa velhice compartilhada. Adorei! Agora, em relação ao chá, nesse caso eu sou mais empírica e repudio a pesquisa. A matriarca da família real que tomava chá desde a mamadeira morreu após celebrar o seu centenário. Logo, a pesquisa apresentada pela Caçulinha é furada.rs.. a da banana tbm. A Menega come esta fruta diariamente e goza de perfeita saúde. Um presentão para o grupo
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Ivone Andrade comentou:
15/01/2025
Muito legal. É rezando que se cura
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Marcelo (sobrinho) comentou:
15/01/2025
Muito bom, o ex-nervosinho foi ótimo
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Maria do Céu Freire comentou:
15/01/2025
Que linda essa retratação amorosa da nossa velhice compartilhada!!! Dessa vez foste fiel e a criatividade literária não comprometeu. Obrigada, mano, por fazer o q fazias com a dama: nos presentear com esse humor amoroso, que como com ela, nos enche de alegria e fortifica nossos laços e nossos nós. Te amo! [23:06, 14/01/2025] Ceu: Excelente lava-alma pra terminar o dia
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